El Sabor De Lá Venganza { FreenBecky }

7 - Capítulo

     Freen Sarocha

Minha perspectiva para a noite não incluía ir para a cama com Alison... Em minha mente seria algo que demoraria a acontecer, não que ambas fôssemos virgens porque era algo que não acontecia, mas... Não sei, achei que Alison demoraria a se entregar para instigar a minha vontade nela. Achei que ela faria um dos seus joguinhos. Foi uma grande surpresa quando a mesma me puxou para o seu quarto e sussurrou que queria transar comigo...

O sexo foi algo automático, frio, diria até que robótico, sem emoção. Ela não me atrai, apesar de ser bonita, o seu corpo não me parecia ideal para as minhas mãos, minha boca não ansiou para tocá-la... Mas, eu fiz. Fiz por que apesar de não querê-la fisicamente, quero o seu dinheiro, quero o seu status, quero o seu nome. Fiz por fazer... Sem sentimentos, sem sensações, como se tivesse trocando de roupa.

Alison não é a primeira garota com quem transo... Já tive outras, tão impessoais quanto ela. Quando estou na cama com alguém, não sei explicar... Eu não consigo me entregar, não permito ser tocada. Eu que estou no comando, e acontece apenas o que eu quero. É egoísmo, mas sinto-me incomodada com a possibilidade de alguém me fazer sua.

- Não! - silabei meio estressada, bloqueando as mãos de Alison que tocavam os meus seios.

Os olhos esverdeados ficaram nublados, e ela franziu o cenho, me encarando, nua, em minha frente, a sua vontade de fo/der comigo estava presente e exalava pelos seus poros, mas um quê de irritação a assombrou com a minha rejeição do seu toque.

- O quê? - gesticulou de mim para ela. - Não é uma mão de via dupla?

- Não. É apenas uma mão de via única. - disse firmemente. - Eu toco em você, eu lhe dou prazer e você se desmancha em meus lábios e em meus dedos, mas apenas isso. Não gosto de ser tocada, e muito menos servir de passiva. - a encarei friamente, tão fria quanto o meu corpo.

Alison abriu a boca para me responder, porém, desistiu. Abriu um sorriso de lado, sacana e deitou-se em sua cama, exibindo-se descaradamente. Olhei do seu corpo de cima á baixo... Ela estava em brasas, e sua pele estava com uma tonalidade avermelhada.

- Sou toda sua, Freen... Dê-me prazer... - pediu em um gemido, que na sua voz soou quase cômico.

Soltei uma risadinha e mergulhei rasamente em seu corpo...

Apesar da minha mente registrar apenas frieza, Alison parecia extremamente satisfeita deitada ao meu lado com a sua respiração lenta, quase suave. Deu-se por saciada depois do terceiro orgasmo e simplesmente apagou. Olhando-a perdida em seu sono, ainda sim, me parecia muito superficial. Daríamos muito certo em nosso mundo de superficialidade, em águas rasas.

Espreguicei-me no lençol de seda italiana. Solto um gemido de pura satisfação ao sentir a seda caríssima em minha pele. É isso que eu quero. O conforto que o dinheiro pode comprar. E é a Alison que vai me proporcionar. Eu quero o seu dinheiro. Eu quero o seu status. Eu quero o seu nome. E depois de hoje, sei que terei tudo.

Alison confirmou hoje que estava comendo na palma da minha mão. Quando se ofereceu quase em desespero á mim. Mesmo com a irritação da minha demora proposital... Ela se deu. Ela tem sede. A minha indiferença a enlouquece e a faz se tornar obsessiva. Acredito que era isso que a prendia mais em mim... O não poder. Não podia, não pode me controlar, e ela anseia muito isso. Eu vejo em seus olhos como ela quer me colocar em sua estante e brincar como bem entender.

Tudo estava caminhando deliciosamente bem.

- Você não dorme? - ela pergunta com a voz baixa, meio sonolenta.