Capítulo - 58

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      Rebecca Narrando


O dia estava lindo. Como deveria ser, o céu estava claro, apesar de não ser um dia quente, era agradável e não fazia com que os planos fossem destruídos por um tempo ruim. A cerimônia tinha ocorrido lindamente, e emocionalmente, para os convidados e principalmente para os apaixonados que renovaram os votos de casamento.

Nádia estava linda com o seu vestido creme de mangas curtas e bordados artesanais. Ela mesma tinha feito o vestido, apesar de suas limitações, a Rose tinha ajudado em cada detalhe. Os seus cabelos estavam entrelaçados em uma trança em formato de rosa. Ela não quis usar véu, por tanto, um diadema de flores rodeava o seu coque, enquanto, a maquiagem tinha sido suave.

O Anthony estava de terno branco, e sorria apaixonadamente para a esposa. A cerimônia apesar de simples, tinha sido emocionante. Era revigorante, e também inspirador ver um casal com tantos anos de casamento e juntos se amando incondicionalmente como se fosse no primeiro dia. Mesmo com as doenças presentes e as tribulações, eles se mantinham apaixonados. Não tinha como não suspirar ao vê-los juntos... Nádia na cadeira de rodas, e Anthony a guiando, felizes da vida, como se nada pudesse estragar a felicidade de ambos, mesmo as limitações. E realmente, nada estragaria.

O quintal estava bem decorado. Eles renovaram os votos embaixo de um arco. Depois que afirmaram o "sim" novamente, milhares de rosas champanhe que simbolizava a pureza foram soltas de um helicóptero, um presente singelo meu... As expressões dos noivos e dos convidados foram o ápice para mim que sorria abertamente de felicidade por eles.

A renovação de votos não tinham muitos convidados. Eram apenas para os íntimos. De longe, eu via a Rubi e a Irin juntas, conversando no pé do ouvido, como se tivessem pronunciando palavras confidencias, Rose com o seu novo namorado, já que ela tinha se separado do seu marido há muitos anos, mas agora estava se dando a oportunidade de amar novamente. Algumas pessoas da antiga vizinhança e Freen...

Que estava linda com a sua blusa de seda bege, saia blitz dourada, e saltos altos nude. Seus cabelos estavam ondulados, e maquiagem proporcional para o dia, ela tinha usado apenas um batom avermelhado, enquanto, o blush e a sombra era da cor da pele, de acessório uma pulseira de ouro. Simplesmente linda.

Durante a cerimônia e também a festa, os nossos olhos se encontraram diversas vezes e se prenderam, até mesmo alguns sorrisos foram trocados, eu diria que ela estava flertando comigo, e meu estômago não poderia se deixar de encher de borboleta, sentia-me feliz, mas também tímida como se fosse a primeira vez que fazíamos isso...

Eu não conseguia mais controlar o sorriso do meu rosto, as borboletas eram cada vez mais insistentes, era impossível tirar os olhos de Freen e não contemplá-la. A vir ficar avermelhada e soltei uma risadinha abobalhada, sinal de que eu não era a única afetada nesse encantamento que se chamava o amor.

Os garçons caminhavam entre os convidados, oferecendo-os bebidas e petiscos. A Freen não estava bebendo nenhuma bebida alcoólica, pelo contrário, bebia suco de maracujá o que me deixou muito mais que orgulhosa por ela, tinha extinto o álcool de sua vida. Ela estava realmente bem.

O DJ contratado para o momento estava tocando apenas músicas de antigamente, preferência do casal. Os convidados estavam curtindo porque eram músicas que realmente marcaram época, mesmo sendo antigas se mantinham nos corações de todos. Eu, particularmente, estava amando todas as músicas que tocavam, e pela expressão de Freen, ela também... Mas, quando a melodia suave de Tracy Chapman – Baby, Can I Hold You soara em nossos ouvidos, os nossos olhos se encontraram novamente, e desta vez, se prenderam...

A música parecia que estava falando conosco... A letra da música me absolve, assim como o olhar de Freen que se torna mais intenso ao me olhar, os seus olhos tinham escurecidos, quem olhasse, poderia considerar castanhos escuros de longe, mas eu sabia... Sabia que eram as emoções transbordando por eles.

Suspiro, incapaz de segurá-lo. E eu não queria prender qualquer sentimento ou reação que Freen produzia em mim.

Formos nos aproximando, como se tivéssemos em um campo magnético e as imãs nos puxassem, nos sugássemos. Os nossos olhos conversavam na medida que nossos corpos iam se aproximando. Eles revelavam os nossos sentimentos não tão desconhecidos assim... Eles mostravam o caminho para a nossa felicidade. Os nossos olhos se queriam, assim como os nossos corpos e cada partícula de nós.

– Freen... – murmurei quando paro em sua frente, envolvida pelo o cheiro embriagante do seu perfume.

– Becky... – ela murmurou de volta, os olhos brilhando como joias preciosas. Tão preciosas que mantém o meu coração cativo.

Eu queria conversar com a Freen, mas sabia que nesse ambiente de festa era impossível, em algum momento, alguém iria nos atrapalhar, e eu queria a atenção total dela. Como também não queria nenhuma interrupção.

– Você quer dar um passeio? – perguntei movendo a cabeça em direção à praia.

Não era exatamente o que eu tinha em mente, mas eu precisava ficar sozinha com a Freen, nem que fosse uns minutos. Achei que ela iria recusar, mas depois de uns segundos dos seus olhos despindo-me, a resposta veio:

– Eu adoraria...

El Sabor De Lá Venganza { FreenBecky }Where stories live. Discover now