33 - Capítulo

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     Narrativa Autora


Irin estava uma pilha de nervos. Ao seu lado, encontrava-se o Luke que sempre murmurava palavras de conforto, uma pena que quando estamos em um nível elevado de preocupação ou aflição, as palavras entram em um ouvido e saem em outro.

Ela queria saber como estava a sua amiga! Fazia quase meia-hora que Becky estava dentro do pronto-socorro e ninguém lhe dizia aparentemente nada.

Becky tinha sido levado para o pequeno hospital á dez minutos do acampamento. Um hospital modesto, que servia como urgência e emergência. Eles faziam o paliativo, dependendo do caso, transferiam os pacientes para a cidade grande, em outros casos, simplesmente liberavam depois de um atendimento inicial e a constatação de que não era nada de mais.

Cada vez que as portas duplas se abriam, a Irin se levantava da cadeira gasta da recepção achando que era alguma informação de Becky. Bufou ao constar que mais uma vez não era nada relacionado com a Becky.

- Isso é um absurdo! - Irin exclamou. - Quantas horas ficaremos aqui esperando? E se a Becky estiver morrendo ou morta? - arregalou os olhos marejados e levou as mãos a boca. - É por isso que estão demorando, não é? Por que ela morreu! - gritou histérica.

- Não! - Luke apressou em dizer, levantou-se e a puxou pelos braços, a encarando nos olhos. - Becky não está morrendo nem morta. Apague essa possibilidade de sua mente. 

- Você viu como ela estava, Luke! Como pode saber que ela não está morta? - soluçou aterrorizada.

- Porque se ela estivesse morta a Alice estaria tendo um ataque de nervos. - respondeu simples, indicando a inspetora que se encontrava no local com a expressão carrancuda.

Irin olhou para a Alice e aceitou a sugestão do Luke. A inspetora a olhou de volta e sua carranca aumentou, ela e Irin tiveram um pequeno bate boca assim que chegaram ao hospital porque a Alice queria ligar para a casa de Becky informando o fato, porém, como Irin sabia do estado de saúde de Nina, jamais deixaria que a mesma fosse perturbada se um veredito final do médico. E para a Alice não ligar para a Nina foi preciso a Irin ameaçá-la em dizer que a faria perder o emprego.

Os funcionários do Constatine School não eram bobos. Apesar de serem autoridades perante os alunos, por debaixo do pano, o poder da família de cada aluno que reinava entre eles. Então, qualquer ameaça deveria ser considerada com cautela.

Luke abraçou a namorada com carinho. Também estava preocupado com o estado de saúde de Becky, nunca tinha visto a amiga daquele jeito... Era estranho e incomodo ter em sua mente aquela imagem de Becky, já que a mesma era sempre pura alegria e inocência.

Irin deixou-se levar pelo abraço reconfortante. Ela ainda usava um biquíni e uma saída de banho, enquanto, o Luke uma bermuda e uma regada, estavam queimados de sol. Uma cena que atraia a atenção de alguns acompanhantes.

A paz de Irin reinou por uns segundos até que as viu entrar pela recepção. O sangue subiu para a sua cabeça, e ela soltou o namorado numa agilidade que fez o Luke tombar para trás, surpreso. A morena avançou até as duas com o corpo tremendo de raiva.

Freen e Rubi olhavam ao redor do hospital que em suas mentes era bem medíocre. Souberam pelos inspetores que Becky tinha sido trazida para este hospital. O que era cômico, se fosse algum filhinho de papai do CC, eles teriam usado o helicóptero para levarem ao melhor hospital da cidade, mesmo que se tratasse de um simples corte no dedo. Mas como era a Becky, a bolsista... Permitia trazer para esse lixo.

Elas iam se informar na recepção sobre a Becky quando viram a Irin ir até elas.

- Ainda bem que está aqui, Irin, eu quero informação sobre... - Freen começou a falar, mas foi interrompida abruptamente.

El Sabor De Lá Venganza { FreenBecky }Onde as histórias ganham vida. Descobre agora