Rebecca Narrando
– Becky! – uma voz me chama com afobação.
Virou-se rapidamente, e vejo a Irin vindo em minha direção com passos apresados acompanhado com uma expressão aterrorizada. Espero-a, enquanto, segurava um copo descartável de café extraforte. Apesar do costume de passar as noites acordadas no Hospital, uma carga de estresse me envolvia, até porque eu não estou aqui á trabalho...
E odeio hospitais quando não estão envolvidos com o meu trabalho. Parece irônico, ou até mesmo estranho. Mas estar como paciente ou como acompanhante sempre me deixa extremamente estressada e aflita com as lembranças desagradáveis do passado.
– Como está o Chris? – ela pergunta ofegante, os olhos preocupados.
Suspiro longamente, sentindo as minhas pálpebras pesarem de sono e cansaço. Estava com o Chris desde a madrugada no Hospital Dilaurentis, um grande susto que até agora não tinha recuperado o tremor de minhas pernas.
– Felizmente bem. A febre já baixou, e estou apenas esperando o pediatra para assinar a sua alta.
Irin soltou o ar pesadamente, parecia que estava o prendendo desde que me fez a pergunta, o seu semblante foi suavizando. Ela levou a mão no peito e fechou os olhos por um segundo, como se tivesse agradecendo mentalmente alguma coisa. O seu gesto me tocou profundamente, ela zelava pelo meu filho, sempre soube disso, e a mesma sempre demonstrou isso, mas não posso deixar de me emocionar ao ver tanto amor direcionado ao Chris.
– Graças a Deus. Fiquei tão preocupada quando a minha empregada contou que você tinha socorrido o Chris em plena madrugada. – ela falou e ao me ver arquear as sobrancelhas em dúvida, completou: – Sua empregada é amiga da minha e contou. Por que não me ligou, Becky? Ainda te liguei, mas o seu celular apenas chamava. – comentou chateada.
– Desculpe-me, Irin, mas na hora não pensei em nada e meu celular provavelmente está em silencioso, passei as horas zelando pelo bem-estar do Chris que estava muito amolecido por conta da febre alta.
Ela assentiu.
– O que ele tem? Virose?
– Não, caxumba. – fiz uma careta, e dei um gole em meu café.
Caxumba. Eu jurei que o Chris nunca iria ter, até porque estava vacinado, mas aparentemente, a vacina não sutil efeito em seu organismo. Durante o dia, ele reclamara um pouco de dor em mastigar ou engolir, mas achei que poderia ser alguma crise de garganta, o tempo de Seattle estava frio, apesar da neve ter cessado. Dei um analgésico a ele, e achei que ficaria bem. Mas, de madrugada, o escutei choramingar, fui até o seu quarto e ele estava delirando com o corpo em chamas por conta da febre alta. Por medida preventiva que o trouxe para o hospital, no caminho que vir a saliência ao lado de sua bochecha bem perto do seu ouvido e deduzi que fosse caxumba.
Os exames confirmaram. Felizmente, caxumba é uma doença que o próprio organismo combate, em duas semanas ou menos, o Chris estaria em perfeito estado.
Irin pediu para vê-lo e formos para o quarto. O Chris estava sonolento por conta do analgésico e antitérmico, mas deu um sorriso carinhoso ao ver a madrinha.
– Quer dizer que você ganhou um co/lhãozinho extra na bochecha? – Irin perguntou em tom de brincadeira.
Quase cuspir o meu café.
– Irin! – exclamo indignada.
Porém, o Chris dá uma risada divertida e Irin o acompanha. Balanço a cabeça em negativo, isso não é algo que se diz a uma criança. Lanço um olhar de reprovação para minha melhor amiga que não se importa nem um pouco e continua a conversar com o meu filho. Como esperando, o pediatra retornou dizendo coisas que eu já sabia. Receitou alguns medicamentos: Analgésico, anti-inflamatório e antitérmico.
YOU ARE READING
El Sabor De Lá Venganza { FreenBecky }
RomanceO que acontece quando a inocência encontra-se com a maldade? Becky era uma garota pura e completamente apaixonada pela vida, em seu coração não existia nada, além de uma doce inocência. Vivia em um mundo cor de rosa, até que o seu caminho cruzou com...