Capítulo - 16

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     Autora Narrando


Serena gritava em plenos pulmões, batendo na porta sem sucesso. Estava descontrolada, e fazendo uma cena... Cena que não ficara despercebido por alguns vizinhos que passavam e ficavam chocados com o que via... Logo, a cena visualizou na internet quando uma vizinha adolescente filmara o momento em que as roupas e os pertences de Alison e Serena flutuavam pelo ar, e caiam na frente da casa, enquanto Serena implorava para adentrar na casa que antes fora sua...

Claro que nenhuma das duas sabiam que estavam expostas na internet, e que era maior motivo de chacota da sociedade americana. As pessoas já estavam rindo delas desde o incidente na Catedral, mas, serem expulsas de suas própria casa era uma enorme cereja no bolo...

Finalmente, o reinado de Alison Dilaurentis chegara ao fim... Ela só precisava ser avisada disto.

– Mamãe, pare! – Alison ordenou com um grito que aumentou a sua dor. Tinha percebido que algumas pessoas a encaravam e a julgavam com o olhar. Não podia ficar exposta dessa forma. Com o pingo de dignidade que ainda tinha, puxou o braço de sua mãe, a forçando a parar. – Chega! – disse firme.

– Não. Ela não pode nos expulsar dessa forma da nossa casa... Da minha casa, em que passei anos a aperfeiçoando, tornando-a perfeita e bem quista por toda sociedade. – Serena soluçou, porém, os seus olhos arregalaram quando mais um item seu foi jogada da janela. – Meu echarpe! – gritou e correu para pegá-lo, evitando que caísse em uma poça. – Vocês sabiam que esse echarpe é uma relíquia? – Serena gritou, surtada. – Paguei quase três milhões de dólares! Foi da Princesa Diana, seus monstros! – anunciou, olhando pra janela que as coisas eram arremessadas. – Vocês estão todos demitidos! – escutaram risadas dos empregados. – Insolentes!

As risadas não eram apenas dos empregados, mas de quem também assistiam, deliciados pela caída de ambas. Elas se sentiam as rainhas da sociedade, agora não pareciam mais que farrapos. Parece que o jogo tinha virado, não é mesmo? Alison fuzilou com o olhar cada pessoa que ria. Gravou o rosto de cada um em sua mente. Quando estivesse novamente no poder, iria destruí-los para eles saberem que não se mexe com a Alison.

– Eles não se importam, mamãe. – Alison avisou, cansada. Alcançou a sua carteira que felizmente também foi jogada ao relento. Sentia muita pena de ver as suas roupas de grife, jogadas, dessa forma. Mas não iria fazer nenhum show. Não iria alimentar o desejo sádico de cada um que estava ali, muito menos da Rebecca. – Vamos embora. Preciso ir ao hospital... – a sua bochecha ainda sangrava, mas a sua única preocupação era os pontos... Serena de início, relutou um pouco para ir embora, não queria deixar as suas coisas ao relento. E se alguém pegasse? Ali, diante dos seus olhos, estava uma pequena fortuna de roupas e sapatos. Não poderia deixar para trás. Estava sem nenhum dinheiro, não podia ficar também sem ter o que usar! – Pelo amor de Deus, mamãe. Pare de agir como se tivéssemos embaixo de uma ponte. Estou com os meus cartões de crédito, e meu cartão de débito. Podemos comprar tudo novo e ainda por cima, melhor.

Serena respirou aliviada... Um alívio antecipado e que nunca deveria existir, dando-se conta a realidade de ambas. Elas saíram da propriedade de queixo erguido, sem se importar com quem estava olhando... Apesar de ser bastante humilhante. Tiveram que pegar um táxi, já que não podiam e não tinham a chave de nenhum carro que estava estacionado na mansão.

O ódio crescia no peito de ambas. Elas queriam a cabeça de Rebecca em cima de uma bandeja de bronze, de terceira categoria, assim como a Rebecca era... Aquela bandida achava que poderia ficar com tudo? Estava muito enganada! Alison usaria todo o dinheiro que tinha para anular o maldito testamento. Era uma audácia muito grande a Rebecca chegar do nada e lhe roubar tudo, ainda por cima, empurra-lhe um irmão negro! Jamais aceitaria aquele bastardo, também iria contestar na justiça a paternidade daquele garoto. O Klaus jamais poderia ser o pai daquele menino, e não importava que fosse por meio de adoção ou não. O fato de um negro usar o sobrenome "Dilaurentis" já era humilhante demais.

El Sabor De Lá Venganza { FreenBecky }Onde as histórias ganham vida. Descobre agora