El Sabor De Lá Venganza { FreenBecky }

25 - Capítulo

    Narrativa Autora

Luke encarava a Irin. Ela o olhava de volta, um pouco á vontade. Eles saíram no alvoroço de largar, e esqueceram-se de Becky. Agora, estavam a esperando na frente do colégio, como de praxe. O que aliviava mais era que Alison e o seu grupinho estavam no estacionamento, se exibindo, como sempre.

O silêncio estava mortal entre os dois. Algo que era considerado no mínimo curioso, já que o assunto fluía perfeitamente entre eles e quando faltava, o silêncio era reconfortante, mas nunca incomodante como agora.

- Você está estranha. - Luke observou, cortando o silêncio que não aguentava mais, porém, aumentando a tensão. - Muito estranha. Juro que estou tentando entendê-la e estou lhe dando espaço, mas sinceramente, estou no preocupado. Foi algo que eu fiz?

- Não! Claro que não. - Irin apressou-se em dizer, tocando suavemente o braço do amado. - Não tem nada a ver com você, juro.

- E tem a ver com o que ou quem? - ele perguntou sem parar de olhá-la.

Irin mordeu o lábio inferior com força. Risadas altas a fez virar a cabeça e ver o grupinho de Alison, um deles se tratava da Rubi que a olhou e piscou. A morena voltou a olhar para o Luke, descartando a existência da Rubi. Estava cansada de guardar esse pequeno segredo do Luke... Sua consciência estava pesando á cada dia mais e ela estava à beira de um ataque histérico, levando em consideração ao seu pequeno show de hoje, o fogo já estava queimando no estopim, esperando o momento certo para explodir. Olhando bem para o Luke, sentia muito medo de que ele não compreendesse...

- Você sabe que pode confiar em mim, não é? - ele perguntou com o cenho franzido.

- Sim, e eu confio, mas é que... Tenho medo de contar e você me odiar pelo resto da vida. Eu não iria suportar carregar esse calvário. 

- Tita. - ele sorriu suavemente. Apesar de estar ansioso e preocupado, jamais deixaria de confortá-la. Os anseios de Irin sempre viriam primeiro do que os dele. - Nunca vou odiá-la. Nem se você tentasse ou me obriga-se a fazer. Eu a amo demais para esse sentimento se quebrar com algo tão baixo como ódio. 

Irin respirou fundo em busca de um pouco de controle, estava tremendo de medo. Mesmo as palavras do Luke a reconfortando, ainda assim, o medo estava presente.

- Você promete? - pediu com os olhos suplicantes.

- Com a minha vida. - ele respondeu com tranquilidade. Até porque tudo que tinha dito era baseado em uma verdade. Na verdade do seu amor por Irin.

- É que... - a voz de Irin tremeu, mas ela não cortou o contato visual com o Luke. - Sabe o dia que eu estava correndo lá no condomínio? - perguntou, e ele balançou a cabeça em positivo, até porque foi o último que ela correu por lá. - Nesse dia... Uma pessoa me beijou, e eu correspondi. Mas eu juro á você, Luke, que eu só correspondi por ser um gesto automático, assim que me dei conta do que estava acontecendo, encerrei o beijo com incredulidade. - soltou de uma vez, sem nem ao menos respirar, seu rosto avermelhou-se com o esforço.

O rosto de Luke estava impassível. Ele a olhava fixamente sem nem ao menos piscar... E Irin esperou por uma reação dele que veio uns segundos depois, o rosto antes calmo, agora estava furioso e ele estava mais vermelho que um tomate.

- Quem é ele? - exigiu furioso. - Diga-me o nome dele que vou quebrar a cara desse mané!

Era até estranho ver o Luke irritado. Ele era tão calmo diante tudo, no fundo, até que Irin gostou de toda essa fúria, a deixava alegremente excitada.

- Esse é o x da questão. Não foi ele, e sim ela.

Irin coçou a sobrancelha, falando meio hesitante.