El Sabor De Lá Venganza { FreenBecky }

Capítulo - 39

         Autora Narrando

Anthony estava ajudando a Nádia regar uma rosa quando uma presença chamou-lhes a atenção. Parada na praia, a um metro de distância, estava a Freen... Olhando-os fixamente, pálida e com os olhos marejados.

O choque foi instantâneo para os dois que acharam que nunca mais veriam a filha. Por vontade própria, é claro, mas eles eram os pais de Freen e o sentimento destinado desde a maternidade pela filha estava repousado no peito de ambos.

Freen se aproximou com os olhos avermelhados, as lágrimas deslizam em abundância. Nunca achou que iria se sentir tão feliz em rever os pais. Vivos! E eles pareciam tão bem, apesar de estarem mais velhos, e Nádia numa cadeira de rodas. O Chris tinha contado sobre os problemas de saúde dos pais, também contou que estavam estáveis e que faziam tratamento. Santo Chris e sua gloriosa boca, sua fonte de informações.

– O que está fazendo aqui? – Anthony perguntou com rigidez.

Nádia estava inerte na cadeira de rodas, olhando fixamente para a filha. O seu coração batia tão rápido que parecia que a qualquer momento iria ter um infarto. O coração do Anthony estava na mesma proporção, mas ele precisava ser forte. Não sabia o que Freen queria, talvez, por estar na lama agora, queriam se aproveitar deles novamente.

– Mãe, pai... Vocês estão vivos! – Freen falou em um soluço.

A mais nova tentou abrir a porteira do quintal, mas foi impedida por Anthony que não a deixou entrar.

– Fique aí e diga o que você quer aqui.

Freen chorou mais com aquela recepção hostil. Doeu no fundo da sua alma receber aqueles olhares dos seus pais. Ela sabia que não iria ser fácil, mas também não achou que seria tão difícil. Eles estavam fechados para ela, tanto a mente, como o coração, e ela sentia isso até em seus ossos.

– Eu quero conversar... Eu quero... – a voz de Freen morreu por uns segundos. Ela olhou para a mãe que chorava silenciosamente. –... Quero abraçá-los e pedi perdão por tudo. – os lábios dela tremeram. – Por... Por todos esses anos de abandono, por... Por ter sido uma filha ruim, por nunca ter valorizado vocês. Por favor...

Anthony sentiu um aperto no coração ao ver a filha daquele jeito. Ela parecia tão frágil e desnuda. A vontade de Nádia foi puxar a Freen para um abraço. Fazia tantos anos que não se viam. E a filha deles estavam tão linda. Sentia a mudança de Freen, tinha uma coisa diferente nos olhos dela... A humanização.

– Depois de doze anos que você lembrou que tinha pais e resolveu que queria o nosso perdão? – Anthony questionou, tentando se manter carrasco. – Não Freen. Não é algumas lágrimas caídas e palavras bonitinhas que vão nos fazer cair no seu papo. Você é manipuladora e mostrou muito bem isso.

– Não! – Freen quase gritou, apertou com tanta força o portão que os seus dedos ficaram brancos. – Eu não estou aqui para manipulá-los. Por favor... Eu estou aqui por que eu os amo, e sinto tanta falta de vocês... – fez uma caretinha de choro. – Eu me arrependo tanto, meus pais... Tanto por ter sido ingrata, uma má filha, uma má pessoa, vocês me ensinaram o caminho do bem, mas eu persistir em ir pelo caminho do mal. Eu só queria uma chance, por favor...

Um silêncio constrangedor caiu entre os três. As únicas coisas que poderiam ser escutadas eram os soluços de Freen. Ela estava arrasada, destruída por dentro, ver o olhar de renegação era como matá-la aos poucos.

– Vá embora. Nós não temos filha. – Anthony disse radicalmente.

Freen caiu aos prantos, expondo a sua dor, sem se preocupar com aparência, nem nada. Anthony sentiu-se arrasado com a reação da filha, mas tinha que ter pulso firme, ela tinha que aprender que palavras não compram perdão. Freen olhou para a mãe, mas Nádia abaixou a cabeça, negando-se a olhá-la.

– Eu vou... – ela disse com o rosto banhado em lágrimas. – Mas eu volto, não vou desistir de vocês. Fiz a burrada de desistir uma vez, não cometerei o mesmo erro novamente. – coloco a sua mão em cima da mão do pai, mas Anthony tirou a mão rapidamente. – Eu amo vocês.

Anthony assistiu a Freen ir embora com os ombros caídos. Assim que a mesma sumiu de vista, ele se virou para a esposa, abraçando-a carinhosamente, enquanto, os dois caiam aos prantos.

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Cena triste, não é msm!? Será que Freen conseguirá o perdão dos pais?