Capítulo - 51

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    Alison Narrando


Um banho de loja. Um banho de roupas de grifes.

Que saudade que eu estava das roupas sofisticadas. Gastei uma fortuna no shopping, em seguida, no salão de cabelereiro. Todos estavam surpresos com o meu retorno, já que passei uns meses fora de circulação.

Como é bom a sensação de poder e de respeito que o dinheiro nos traz.

Fiz questão de olhar todos por cima numa clara demonstração de que eles não passavam de simples insetos para mim. Como nos velhos tempos. Faltava apenas a minha mãe para completar minha satisfação, mas o psiquiatra fora bem firme em dizer que ela não estava preparada para sair do manicômio, talvez, o fato de ela não ter me reconhecido perdida em sua própria alucinação tivesse contribuído para aumentar a minha desconfiança de que a minha mãe nunca mais será a mesma, ou terá a sua sanidade de volta...

O que me confortava era saber que o bastardo estava á beira da morte. Finalmente o coagulante fizera efeito, achei que o moleque não seria afetado, o que seria uma grande lástima para o meu plano. Quero que Rebecca chore lágrimas de sangue, fiz isso no passado quando a mesma perdeu a sua querida mãezinha, e farei novamente quando o Christopher descer o sete palmos de uma cova.

– Senhorita Dilaurentis? – uma voz me chamou. O inútil do meu advogado estava parado a minha frente e parecia um tanto receoso em falar. Dou um gole de champanhe e o olho pelo amplo espelho do cabelereiro que continuava penteando os meus cabelos recém platinado. – Temos um problema...

Ele me conta a ameaça da Condessa Celine Lippucci o que me deixa extremamente irritada. Minha primeira ação foi mandar despejar o Christopher mesmo com a ameaça, mas o meu advogado aconselhou o contrário, disse que a tal da Celine era uma mulher de muito poder e conhecimento, e que provavelmente a minha causa seria perdida se ela cumprisse com a sua ameaça.

– E quanto eu perderia? – questionei o olhando fixamente.

Ele pigarra, então, tira um bloco de notas e uma caneta de sua maleta, escreve o valor e me entrega. Os meus olhos arregalam com o valor estimado por ele. Se eu perdesse essa quantia, não ficaria pobre, é claro, mas também não ficaria mais milionária, e se tinha uma coisa que eu me apeguei mais depois desses meses de pobreza foi amar ainda mais o dinheiro e riqueza.

– Deixe aquele rabugento no hospital. – digo por fim, irritada. – Agora, se me dê licença, eu tenho que terminar de me arrumar para a minha festa.

Tinha organizado uma festa de última hora para todos saberem do meu retorno. Convidei todos aqueles que riram de mim no dia em que Rebecca me fez pegar a chave com a boca, queria vê-los submissos a mim. Como antigamente. E teria! Aliás, eu sou Alison DiLaurentis, caio, mas me levanto... E me levanto muito melhor.

A minha supremacia estava de volta!


       Rebecca Narrando


Chris continua em estado grave.

Sem melhoras, ou pioras.

Esse é um dos piores momentos quando se tem alguém na UTI. O otimismo e o pessimismo andam juntos... Ora, você está com pensamentos positivos, com fé e com a esperança de que tudo vai dar certo, ora, você está desesperada, com a pressão da angustia massacrando o seu peito. Na sua consciência parece que o mundo gira em apenas 60 segundos e você sente toda a pressão das órbitas em sua carne.

Cada segundo parece uma bomba relógio que vai explodir na sua cara e lhe dilacerar. Cada segundo é a incerteza do seu futuro. E imagina um futuro sem a presença do Chris é torturante demais para mim. Quase insuportável de imaginar.

El Sabor De Lá Venganza { FreenBecky }Where stories live. Discover now