Capítulo - 50

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      Rebecca Narrando


– O que o meu filho tem? – perguntei desesperada, quase não conseguindo me manter em pé, se conseguia isso, era por conta de Irin que me segurava.

– Christopher sofreu um infarto do miocárdio. O exame de sangue acusou um uso abusivo de coagulantes que dificultaram a circulação do garoto, deixando pequenos trombos na corrente sanguínea, principalmente nas artérias cornearias, o coagulo impediu que o sangue fluísse, o que ocasionou o infarto. Tivemos que fazer uma angioplastia para liberar o acesso do sangue nas artérias. – o médico disse com seriedade. – Você como médica, Rebecca, sabe que é questão de sorte, o Christopher é apenas uma criança, se fosse mais velho ou até mesmo um idoso teria mais força pelos vasos e artérias terem mais resistência... Ele está em estado grave, fizemos tudo que é possível e estamos o acompanhando, agora... Só estamos esperando por sua reação, ele é um menino lutador, sofreu uma parada cardíaca por quarenta minutos, não desistimos dele, e minha fé diz que ele não desistirá de você... Estamos perseverantes, apesar do quadro.

Levei a minha mão a boca, desesperada ao ouvir as palavras do médico. Um infarto de miocárdio! O Chris é tão novo para isso acontecer com ele. Por ser novo demais que tudo se tornava complicado, suas artérias não tinham resistência, geralmente, crianças não resistiam a esse tipo de quadro clinico. Eu vou perder o meu bebê. Vou perder o meu menino, caio no choro, enquanto,  Irin tenta me sustentar, mas as palavras do médico era decisivas para mim. Eles estavam esperando um milagre, e milagres não existiam.

Urrei a minha dor. Como isso poderia ter acontecido com o meu menino? Coagulante? Como assim? Tudo parecia um baralho em minha mente quando uma luz explodiu em meu cérebro... Alison! Só podia ser ela, ela estava envenenando o meu filho, agora entendo o sorriso sarcástico e a satisfação em ver o Chris bebendo algo oferecido á ela. Eu vou matá-la, o ódio queima a minha pele e inflama as minhas veias antes de qualquer coisa. Essa desgraçada não vai sair impune. Eu vou matá-la! Vou fazê-la sofrer cada segundo, ela vai implorar para a morte dela. Empurro a Irin que não entende a minha atitude, nem que eu vá para a cadeia, vou mostrá-la o significado de matar!

Quando, dois oficiais adentram o corredor, interrompendo o meu pensamento. Ainda não estava liberada de ver o Chris, mas faria a qualquer momento, antes de sair atrás de Alison...

– O que os senhores desejam? – perguntei meio descontrolada.

– Tenho aqui uma ordem para que a senhora e o seu filho sejam despejados do Hospital DiLaurentis, a dona Alison DiLaurentis ordenam que se retirem o quanto mais rápido o possível.

– O quê? – Irin se indigna. – O menino está na UTI e vocês querem que ele saia? Cadê a humanização de vocês? Pelo que me consta, Rebecca é dona desse hospital e não a Alison!

– Não segundo esse documento. – o oficial entrega os documentos a Irin.

Ela ler, e depois me olha confusa.

– Becky, aqui diz que a Alison é dona de tudo, que você passou todos os bens para ela... –  comunicou preocupada.

Por desespero ou por surto, caio em gargalhada. Risos misturados com lágrimas. Beirando a histeria. Ninguém entendeu o meu pequeno surto, apesar do meu peito estar uma bola de apreensão, o meu humor negro estava presente, fazendo-me gargalhar sem nenhuma graça no que estava acontecendo.

Era tão simples... Camila! Ela tinha me traído. É claro que ela faria isso. Rir até as minhas costelas reclamarem de dor. Para muitos eram apenas histeria, mas para mim, era apenas o presságio para a desgraça. Minha realidade se mesclava com o passado, em que minha mãe necessitada tinha que partir do seu tratamento habitual para um hospital público sem qualificação. Sem chance de salvação. Era como se tudo estivesse acontecendo novamente... Sentia-me desnorteada e perdida, mas o riso escapava da minha garganta loucamente, eu não sabia me controlar...

El Sabor De Lá Venganza { FreenBecky }Where stories live. Discover now