11 - Capítulo

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     Becky Armstrong


Qual é o sentido da maldade humana? Qual é a sensação de machucar alguém e humilhá-lo? Alguma espécie de prazer sádico? Não compreendo o ódio. Como alguém pode carregar um sentimento tão autodestruitivo? A vida é uma dádiva, tão bela que não merece ser estragada por coisas que não nos fazem bem.

Por que fazer mal ao próximo se pode oferecer o amor?

Não entendo. Acho que nunca vou entender o sentido de propagar o mal. Logo, a Alison sempre será um enigma para mim. Fico me perguntando como uma garota linda que tem tudo aos seus pés se preocupa em me infernizar. O que eu tinha feito para ganhar tamanho rancor? Sempre fiz de tudo para me manter fora do caminho da mesma, e mesmo se eu atravessasse o seu caminho, seria algo insignificante. Não sou nada diante dela. E mesmo assim, ela faz questão de me reduzir até o pó.

Mesmo com tudo que ela me fez, mesmo assim, não a odeio. Ao contrário, tenho empatia pela mesma. Deus, e meus pais sempre me ensinaram a amar ao próximo. Se ela me oferece dor, dou-lhe compaixão. Não que eu seja uma santa, pois, não sou... Só acho que a paz que anestesia o coração é melhor do que qualquer outra coisa.

Talvez com esse meu pensamento passe por algumas dificuldades na vida, ou, pessoas entrem em meu caminho no intuito de me destruir, mas a minha consciência e meu coração são bem tranquilos por saber que nenhuma maldade mundana pode me corromper.

Por isto, mesmo no chão, sendo humilhada e cada pedacinho de mim sofrendo... Mesmo sangrando, a minha mente reproduzia: Eu te perdoo Alison.

Senti um grande conforto quando o Luke veio ao meu auxílio, e até mesmo alívio que se transformou em pânico ao ver a Irin atacando á Alison. Violência não se resolve com violência, sempre dizia isso á minha amiga, mas ela não me entendia... Sei que quis me defender, e o fez, mas em contrapartida foi suspensa por um dia. E isso me arrasou.

Por minha causa que Irin tinha voltado para casa, e provavelmente levou um esporro dos pais. Isso me corroía por dentro, foi isso que me preocupou a manhã todo... O que os alunos do Constatine diziam sobre mim, me magoava, era muito dolorido, mas nada que eles me falassem iria mudar a minha personalidade. Eles gostavam de me machucar, verbalmente e fisicamente, o que me confortava era saber que em alguns meses, estarei longe... O meu pensamento sempre era em crescer como ser humano, e espiritualmente. Sei que no fundo eles não fazem por maldade, é apenas o ócio.

Minha manhã foi péssima, tanto que nem sair para o intervalo, mesmo com o Luke insistindo que eu o fizesse. Ele tentou me animar, foi um grande amigo, mas a minha preocupação e as piadinhas me impediram de sorrir...

O sorriso voltou a nascer quando esbarrei com a Freen. Essa sensação de que me ilumino sempre que a vejo é forte demais... Sinto uma corrente de calor sempre que os nossos olhos se encontram... Não sei explicar, mas sentir uma felicidade suprema quando a mesma me procurou. Não fiquei triste quando ela disse que poderia ser apenas a minha amiga fora do colégio... Não importa. O que importa é que Freen tinha vontade de estar comigo, fiquei muito surpresa com o seu convite, era algo que realmente não esperava... Senti-me tão especial...

Uma pena que tive que trabalhar!

Assim que cheguei ao trabalho, fiz duas ligações com o telefone da lavanderia. O meu patrão não se importava que eu o fizesse. Primeiro, liguei para mamãe... Pra confirmar se ela estava bem e se tinha almoçado. No estágio de sua doença era muito comum o fastio e eu tinha que garantir que ela se alimentasse bem para não ficar mais fraca. Depois que confirmei que estava tudo bem, liguei para a Irin. Ela estava bem, depois que souberam do acontecido no colégio, os seus pais não a castigaram. O que me deixou mais aliviada, foi como tirar o peso das costas, mas fiz a Maite prometer que não brigaria mais por minha causa, ou tentei...

El Sabor De Lá Venganza { FreenBecky }Onde as histórias ganham vida. Descobre agora