Capítulo - 10

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     Freen Narrando


Viva.

Viva.

Viva.

Minha mente reproduz isso diversas vezes. Mas como? Ela tinha pulado de uma colina em minha frente. Ela tinha morrido! Passei doze anos de minha vida de luto por alguém que está vivo.

Doze anos sofrendo por alguém que exalava vitalidade.

Doze anos, por*ra!

E nem cogito a hipótese de ser apenas uma miragem. Toquei nela. Senti a sua pele macia. O seu perfume. Escutei a sua voz. Encarei os seus olhos.

Viva!

Minha mente me leva a mulher do Cassino que achei que era a Rebecca, mas por seguir a lógica achei que era uma peça da minha cabeça. Não era! Era a Rebecca, de carne e osso. Brincando comigo... Ela brincou comigo por doze anos ao estar viva e me deixar me remoendo de dor.

Um misto de fúria com alivio me arrebata, e algo muito além: Amor. O amor que guardei todos esses anos e destinei a ela, explodia em meu peito, tanto que depois que ela saiu, corri atrás dela querendo encontra-la e não a achei mais. O desespero me bate, o medo de nunca mais vê-la... Mas ela disse que... Ela me ameaçou.

Agora as palavras de Maite faz sentido...

Só existe um motivo para a Rebecca omitir a sua existência... Vingança. Ela que ser vingar de mim, e pelo jeito de Alison e Serena também. Minha mente está uma confusão, assim como os meus sentimentos. Abaixo-me para pegar uma People que está no chão.

Ela e Klaus na foto estão tão íntimos que o meu peito queima de ciúmes. Felizmente o Klaus está morto, não sei o que aconteceria se Rebecca aparecesse com ele... Meu Deus! Esse sorriso dela... É como se estivesse completamente apaixonada por ele.

Sinto-me traída e machucada.

Abro a revista e folheio até a matéria. Várias fotos deles na Grécia, o cenário combinava com a beleza do casal. A matéria dizia claramente o quão eles estavam apaixonados e pretendiam construir uma família.

O meu estômago golpeia com a imagem de uma família de Rebecca com Klaus, corro até um arbusto e solto o que estava em meu estômago: Apenas álcool. Sinto-me mal, com a pele pegajosa e doente. Sento-me no degrau quente da Catedral, ignorando o sol alto. A roupa preta parecia me cozinhar, minha cabeça gira violentamente.

Rebecca viva... Meu Deus, viva! Eu pedi tanto para que isso acontecesse, e agora que aconteceu, não sei como agir, o que pensar... Rebecca e Klaus... Imagem de ambos transando me deixa mais enjoada. Não! Pressiono meu estômago. Como ela podia estar com Klaus? E o que ela disse na igreja sobre os dois apaixonados? Que por*ra é essa?

Ela é minha. Sempre foi minha, mesmo quando a cultuei morta. Temos que ficar juntas por que o meu amor é maior do que eu mesma. Ela não pode ser mais de ninguém. Apenas minha. A amei por doze anos... E continuo a amando. Os sentimentos precisam ser recíprocos. Eu necessito isso.

Mas como? Como ela se salvou? Como ela conseguiu ficar todos esses anos sem aparecer? Como?! Condessa Lippucci. Foi assim que o Padre André a chamou.

– Freen... Aí está você. – Rubi diz assim que se aproxima.

– Me dá o seu celular. – peço com a mão estendida.

– Aconteceu algo? Que dizer, aconteceu algo á mais? – Rubi que saber.

– Não! Eu só quero que você me der o seu celular, é difícil isso ou terei que pedir a outra pessoa? – respondo com estupidez.

Rubi me entrega o seu celular. Peguei com as mãos trêmulas, a ficha ainda não caiu completamente. Rebecca viva? Acesso a Google e digito "Condessa Rebecca Lippucci". Foi como várias portas estivessem sendo abertas... Várias páginas surgiram e fotos dela. Da minha Rebecca que enterrei em meu luto e achei que nunca mais veria...

El Sabor De Lá Venganza { FreenBecky }Onde as histórias ganham vida. Descobre agora