Capítulo - 11

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     Autora Narrando


O apocalipse estava acontecendo diante dos olhos de Alison Dilaurentis.

Olhou em volta, como se tivesse em câmera lenta. A confusão parecia cada vez pior, a imprensa tomara conta do velório do seu pai, os funcionários da funerária tentavam resolver a situação, enquanto, os presentes pareciam em pânico com o cenário. A sua mãe estava caída de joelhos, chorando aos prantos, os flashes das câmeras capturando a destruição.

As forças de Alison parecia que tinha sido drenada desde o surgimento de Rebecca. Aquela mulher tinha saído do inferno para lhe perturbar. As palavras de Rebecca ainda a perturbava. Tudo parecia um filme de terror que estava preste a piorar.

Alison só quer que a Rebecca fique bem longe de si, de sua família e principalmente de  Freen. Deu-se conta de que Freen não estava mais no recinto, era impossível de encontrá-la com toda aquela bagunça dentro da Catedral. O Padre André parecia a ponto de um colapso.

Viu quando algo redondo, lembrando muito bem um crânio foi colocado dentro do caixão recém levantado pelos funcionários. Aquelas partes do corpo carbonizado, lhe deixava nauseada.

De repente, tudo isso era demais para si. O aparecimento de Rebecca. O caso da Rebecca com o Klaus. A humilhação de Serena diante de todos. O acidente do caixão do seu pai. A confusão dentro da Catedral. O sumiço de Freen. Era demais para suportar.

Tinha que pensar! Precisa do conforto do seu lar para pensar e agir friamente. Ela caminhou até a frente do caixão, pisando em cima da revista People.

– Chega! – Alison gritou alto, olhando em fúria para a revista que fazia questão de amassar com o sapato. Todos que estavam presentes, a olharam, abismados. O rosto dela ficou extremamente vermelho. – Eu disse: Fora! Todos vocês! Fora! Seguranças! – gritou em pleno pulmões.

Como ninguém se moveu, ela avançou em cima das pessoas as empurrando para fora da Catedral. Alison parecia bem descontrolada, o seu rosto demonstrava isso. As pessoas saiam da Catedral tropeçando pelos os seus próprios pés, enquanto, o Padre André pedia para que Alison tivesse um pouco de coerência, querendo ou não, ainda era o velório do Klaus.

– Eu quero que ele se fo*da! – Alison grita furiosa e cansada, os seguranças não fizeram questão de ajudá-la e o trabalho de expulsar todos fora muito árdua.

– Alison tenha respeito, estamos na casa de Deus. – Padre André pede chocado.

– Que se fo*da você também! – ela diz revoltada e vai até a mãe que a puxa pelo o braço para se levantar. – Pare de chorar e vamos embora!

Serena não teve forças para dialogar. Parecia uma boneca de pano. Deixou-se levar pelas puxadas de sua filha que a cada passo que dava ficava mais furiosa. Não se deu o trabalho para olhar pela última vez para o caixão do pai. Esse mise*rável que estivesse remoendo-se no inferno por fazê-la passar por isso, tanto ela, como a Serena. Como o Klaus pode pousar numa revista explanando e esfregando na cara da sociedade e também dela e de sua mãe o seu envolvimento promiscuo? Não bastara ter trocado a Serena? Era um infeliz!

– Alison. Aonde vai? – Padre André pergunta a seguindo. – Precisamos enterrar o seu pai.

– Enterre, o que está o impedindo? Tudo está pago mesmo! É só levá-lo até a cova e jogá-lo dentro. – ela berra descendo as escadas puxando a mãe. – Não vou mais participar dessa palhaçada!

– Mas Alison... – Padre André tenta argumentar.

Ela o ignora. O carro a esperava na rua. Algumas pessoas ainda estavam por lá, incluindo os paparazzi que tiravam inúmeras fotos. Dentro do carro, Alison parecia que iria explodir de tanto ódio. O choro de sua mãe que a irritava mais ainda.

– Por que não cala a boca? –  ordena a olhando com raiva.

– Como pode não chorar, minha filha? – Serena perguntou aos prantos. Tremia tanto que a qualquer momento parecia que iria ter um colapso. – Aquela mulher me desmoralizou na frente de todo mundo. Nunca fui tão humilhada em toda a minha vida. – completou em soluço, pegou um lenço e limpou o rosto banhado. – Quem é ela?

– Rebecca Armstrong. – a boca de Alison amargou depois de pronunciar o nome. – Filha de Nina Armstrong. – olhou significante para a mãe.

Serena empalideceu mais. Sentiu um sentimento ruim dentro de si, além de ódio.

– Aquelas va*dias das Armstrong! A mãe tentou roubar o Klaus de mim, como não conseguiu anos atrás, a filha tomou o papel da mãe. – Serena comentou com ódio. – Não podemos deixar isso assim!

– Claro que não, e não deixaremos. – Alison disse, ponderada. – As duas tentaram, mas nenhuma ficaram com o papai. – olha pra mãe e diz com deboche: – Ele está morto.

– Alison... – Serena recrimina.

– E se essa pira*nha acha que por ter algum envolvimento com o papai lhe dá o direito de ganhar alguma coisa, está muito enganada. Eles podem ter mil matérias na People, ou no inferno, mas não terá nada, absolutamente nada da nossa herança! –  jura a si mesma.

Serena apenas concorda.

Alison fica muda no resto do caminho pensando na reviravolta do destino. Rebecca estava de volta. É algo que precisava raciocinar bem, sua ficha ainda não tinha caído. Não queria assumir, mas no fundo, sentiu medo quando encarou a Rebecca e esse medo ainda a esfriava. Deveria ser o fato de Rebecca ter voltado completamente mudada. Não era mais aquela esquisita de dezessete anos que se submetia á tudo e aceitava as maldades. Agora, a Rebecca parecia ser a própria maldade.

Mas, Alison disse a si mesmo que não iria se submeter a Rebecca e muito menos ninguém. Não importava quem Rebecca fosse e o quão poderosa fosse. Bateria de frente com a outra e depois a despacharia. Se no passado fez a Rebecca tentar suicídio, poderia muito bem fazer isso novamente.

As suas preocupações eram: Manter a Rebecca longe, bem longe. Principalmente de Freen. Ainda não teve tempo para pensar sobre as consequências que o retorno de Rebecca trairia para o seu relacionamento. Mas viu como a Freen reagiu.

Mataria a Rebecca, mas não perderia a Freen.

Ao chegar na mansão, deparou-se com uma imagem degradante na sala. Freen vomitando em um balde, enquanto, a Rubi segurava os cabelos da outra.

– Era só o que me faltava! – Alison fala alto, com a cabeça explodindo. – Ainda mais isso.

– Acho que ela está melhorando. – Rubi disse preocupada com a amiga. Mas estava quase no mesmo nível de embriaguez. – Ela já está bem melhor... – soluçou. – Eu acho.

Alison fechou os olhos e contou até dez. Quando os abriu, foi berrando para que os empregados levassem a Freen para o quarto e dispensando a Rubi que queria ficar a todo custo.

– Acredite, Rubi. Você já fez demais. – Alison disse seca ao ver a Freen sendo carregada para cima. – A porta da rua é serventia da casa.

Rubi fez uma careta, mas não iria discutir por bobeira com a Alison e foi embora. Serena também subiu pra o seu quarto, no intuito de tomar um comprimido e dormir. Alison seguiu do lado da mãe em silêncio, assim que entrou no quarto, encontrou a Freen dormindo, praticamente desmaiada, mas um nome foi dito, tão claro quanto os pesadelos de Alison:

– Rebecca... – Freen gemeu, uma, duas, várias vezes.

Até que Alison sem suportar ouvir mais, colocou um travesseiro no rosto de Freen, a sua vontade era de apertar até a outra parar de respirar, mas se controlou, sentou-se na cama, olhando o seu reflexo no espelho, se tivesse que matar novamente, não seria a Freen que estaria em sua lista, mas sim, Rebecca...



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Hj eu serei boazinha cm vcs amores 😉

El Sabor De Lá Venganza { FreenBecky }Onde as histórias ganham vida. Descobre agora