14 - Capítulo

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     Becky Armstrong


Namorando á Freen... Namorando á Freen... Namorando á Freen...

Minha mente não parava de ecoar essas palavras mágicas!

Como isso tudo aconteceu? Não sei... Os acontecimentos estavam fluindo na força de um trem bala e era ainda preciso assimilar algumas coisas, mas de pronto, a minha mente parecia estar perdida entre a fantasia e a realidade. Como se eu tivesse presa em um sonho tão real que não dava para distinguir se eu realmente estava acordada ou dormindo. Porém, os meus olhos seguem bem abertos...

Freen é simplesmente incrível. Ainda estou tremendo diante de tudo... O meu primeiro beijo foi melhor do que qualquer conto de fadas. A nossa química, a maneira em que os meus lábios se encaixaram aos dela, era como se tivéssemos feito isso por toda uma vida. Não minto que mesmo querendo um beijo de princesa, em minha mente, tinha um quê de medo de que quando eu beijasse pela primeira vez não soubesse o que fazer com os lábios e a língua, achei que ficaria perdida, mas, então... Freen me beija e é tão natural, tão simples que é como se... A magia do amor fluísse entre nós e nos envolvem intensamente.

O amor está no ar... Ela disse que estava apaixonada por mim.

Dá pra acreditar? Freen Sarocha apaixonada por mim, Rebecca Armstrong? Realmente... Parece inacreditável, mas quando algo está predestinado a ser teu, e estar presente em tua vida não importa nada: Nem classe social, raça, religião... Simplesmente acontece.

Freen me deixou em casa com um leve beijo. O mesmo que apesar dos minutos passados ainda aquecem os meus lábios. Entro em casa, apressada, querendo contar a mamãe sobre o meu passeio maravilhoso e o meu namoro. Sei que Freen pediu para que mantivesse segredo, mas apenas para o colégio e para os meus amigos. Isso não me agrada, principalmente o fato de não contar a Irin, mas o que me consola é que no baile de formatura poderemos assumir o nosso relacionamento e partir, sem olhar para trás. Vou fazer de tudo para não contar nada a Irin, mas é difícil manter segredo pra minha melhor amiga...

- Mamãe? - chamei assim que entrei no quarto, e não a encontrei. Uma onda de pânico me envolveu. - Mamãe? - chamei mais alto.

Foi, então, que eu escutei... A porta da suíte estava aberta e pelo som reproduzido, mamãe estava vomitando. Soltei a minha mochila no chão e corri até o banheiro. Ela estava sentada com os braços envolto no vaso e o rosto direcionado a ele. Mamãe levantou a cabeça para me olhar, o seu rosto estava mais pálido que de costume, ela me lançou um sorriso de desculpa, mas voltou a vomitar.

Apressei-me em pegar uma toalha e molhei com a água morna do chuveiro. Ajoelhei-me ao seu lado e fiquei acariciando as suas costas, enquanto, ela terminava de vomitar, se afastou do vaso com nojo e encostou-se à parede fria. Mamãe manteve os olhos fechados, sabia que ela estava lutando contra a vontade de vomitar mais.

Limpei o seu rosto suavemente com a toalha, e depois os cantos dos seus lábios. Voltei em direção ao vaso para dá descarga, e meu coração latejou dentro do peito em uma dor aguda ao ver o conteúdo. Fiquei encarando aquilo por uns segundos até que por fim, dei a descarga. Olhei para a toalha em minhas mãos que antes era branca, mas agora tinha fios avermelhados.

Engoli á seco, várias vezes, e amassei a toalha em minhas mãos. O meu dia tão feliz, se transformou em uma noite triste e fria.

- Mamãe... - comecei, mas não tive tempo de completar, porque ela voltou para o vaso em um pulo. Levanto-me e aviso: - Vou preparar um antiemético.

Saio do banheiro até o quarto, e busco na primeira gaveta do criado-mudo ampolas de água destilada, de bromoprida e uma seringa de 20ml. Preparo rapidamente o medicamento. Quando mamãe começa a esses acessos de vômitos, comprimidos são dispensados, já que de qualquer maneira, ela vai coloca-los para fora. O médico mantém um venóclise em sua mão esquerda para os medicamentos injetáveis que são de rápida ação. Eles tinham me ensinado sobre eles, me treinaram no hospital para isto. Volto rapidamente para o banheiro com a seringa sem agulha, preparada, e um algodão embebecido de álcool.

El Sabor De Lá Venganza { FreenBecky }Onde as histórias ganham vida. Descobre agora