Hot Mess

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Aylena

Estamos nos beijando há muito tempo, e provavelmente alguém já sentiu nossa falta. Eu não estou me sentindo culpada, é como se nada pudesse me impedir, como se não devesse ser impedido.

Interrompemos o beijo por falta de ar. Os lábios de Zayn estão inchados, assim como os meus também deve estar, suas pupilas estão dilatadas e ele não tira os olhos da minha boca.

Isso que nós fizemos foi uma completa bagunça, mas uma bagunça bem gostosa. Um sorriso está formado em seus lábios, passo o polegar por eles e sorrio também. Seus olhos finalmente encontram os meus. Ele morde o meu lábio inferior, e o puxa levemente, soltando-o em seguida.

- Eu tenho que voltar pra lá - ele diz, sem me soltar.

Balanço a cabeça em concordância, embora queira ficar a noite toda por aqui. Ele me afasta de seu corpo e passa a mão na nuca, se retraindo logo em seguida.

- Você machuca, em? - ele diz sorrindo.

- Desculpa - digo rindo - Não vou machucar de novo.

Ele coloca uma mecha do meu cabelo atrás de minha orelha e aproxima a boca da mesma. Sinto minha pele arrepiar.

- Claro que vai - ele diz lentamente e sai, sumindo em meio à multidão.

(...)

Acordo com a luz do sol atravessando a cortina. Coço os olhos, me arrependo em seguida ao ver o preto da maquiagem impregnado na minha unha. São onze horas de acordo com o despertador. Levanto da cama e vou até o banheiro.

Livro-me do resto das roupas que tenho e passo demaquilante.

Fico observando meu reflexo no espelho. Minha mãe vive me dizendo que "quem procura acha", e eu estou começando a levar isso a sério. Uma mancha roxa estampa meu pescoço. Passo os dedos sobre a área sensível, e me retraio ao sentir a dor. Lembranças da noite passada invadem minha mente, e não consigo controlar o sorriso que se forma em meus lábios.

Termino do tirar a maquiagem e vou para a ducha. Termino de me banhar e lavar o cabelo, e saio. Está meio frio hoje, o que é uma merda. Visto um short moletom cinza, uma regata branca e um moletom cinza, e calço meu chinelo preto da Adidas.

Está quase na hora do almoço e o cheiro dos temperos maravilhosos de Maryl estão deixando minha fome ainda mais evidente. Vou até a cozinha e passo o dedo no molho, a mulher me repreende com um leve tapa na mão, mas eu ignoro e pego mais.

Minha pele está toda arrepiada por baixo do moletom, por causa do meu cabelo molhado.

Observo a mulher embalar um pouco da comida e me entregar logo em seguida.

- Pra quê isso? - pergunto.

- Seu pai pediu para que você almoçasse com ele - ela diz - Ele está na academia particular.

O fato do meu pai ser dono da maior imobiliária de NY, coincidentemente o dono do condomínio de casas - que é um dos mais caros - em que nós moramos, nos dá algumas vantagens. Temos uma academia particular e alguns equipamentos que a academia do condomínio não fornece, como exemplo.

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