What I Want

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Aylena

Faz algumas horas que eu e meus pais estamos de volta à NY, e eu estou comprando roupas na Times com minha mãe para o meu primeiro dia de entrevista com alguém importante. Alguém famoso. E posso dizer que se trata nada mais nada menos que Kanye West, o dono de uma das minhas marcas de roupas favoritas: Yeezy. Resolvemos comprar algumas jaquetas da Yeezus Tour e umas camisetas para a estreia da minha entrevista com ele, e algumas outras roupas das minhas marcas favoritas.

Passei a viagem de volta inteira pensando no beijo que dei em Zayn ontem à noite na festa dada aos premiados. Eu não sei o que deu em mim, mas o que me deixa mais aflita não é o fato de tê-lo beijado, e sim o fato de não haver arrependimento ou culpa em mim. Estou me sentindo ótima, e viva, como nesses últimos três meses não me senti. Talvez Shei estivesse certa quanto ao que eu sinto, mas ainda me sinto um ganho insegura. Queria ter minha amiga de volta. Totalmente de volta.

Paro em um Starbucks com minha mãe depois de experimentar milhares de roupas. Ela está me perguntando se estou feliz com tudo isso, e com tudo isso ela quer dizer estágio e namoro. Balanço a cabeça em concordância e ela sorri se mantendo calada.

Nunca fui muito próxima da minha mãe. Quer dizer, nós nos divertimos aqui e ali, dividimos muitas coisas, somos parceiras uma da outra, mas eu não sinto aquela total confiança nela que uma filha deveria sentir numa mãe. Eu me sentiria mais à vontade se conversasse com meu pai sobre isso. Ele ia me entender, afinal de contas ele não me julgou quando viu o chupão que Zayn ficou em meu pescoço. Muito pelo contrário, ele deu o assunto como morto e continuou tudo nas normalidades de sempre.

Recebo uma mensagem de texto de Zayn:

niaZkilaM: Pode passar aqui em casa?

Respondo o mais rápido que consigo, e sem hesitar, que estarei lá em quinze minutos. Nunca entendi o nome de usuário dele nesse aplicativo de mensagens. Não consigo disfarçar o meu sorriso ao imaginar o beijo que ele vai me dar assim que eu por os pés naquela casa.

- E esse sorriso bobo? - minha mãe pergunta, afastando meus pensamentos - Está falando com Nicolas?

- Sim - minto e agradeço por minha voz ter saído estável. - Preciso resolver umas coisas na revista. Vou ter que ir.

- Quer que eu te leve? - ela indaga.

Levanto da mesa, pego minhas sacolas e coloco metade do valor da conta em cima da mesa. Minha mãe levanta junto, mas eu a repreendo, dizendo que pegarei um táxi. Me despeço da mesma com um beijo na bochecha e um carinho em seus cabelos loiros, e vou até o ponto de taxi mais próximo de onde estamos.

Estou com uma imensa vontade de vê-lo, o que prejudica os meus esforços para nos mantermos longe um do outro. Passamos três meses sem olhar na cara um do outro, nem mesmo andei com seus amigos para evitar encontros, mas depois daquele beijo eu acho que percebi o que eu realmente quero.

A sensação de liberdade que me foi tirada ao namorar Nicolas, me é reposta quando estou com Zayn. Para ele não preciso mentir sobre como estou me sentindo, não preciso fingir ser uma menina muito portada que se importa com o futuro de tudo e todos e que sonha muito alto na vida. Eu não sou assim, e Zayn me conhece por isso.

O taxi para em frente à casa, dou o dinheiro e desço do carro em seguida. Toco a campainha algumas vezes, praguejando pelo meu desespero, e assim que a porta se abre meu corpo é puxando para dentro e os lábios de Zayn grudam nos meus. Fecho a porta com o pé e deixo que ele me guie para onde quiser na casa. O beijo está bem profundo e ele segura com força o meu rosto, como se estivéssemos nos despedindo. Ele leva as mãos até pouco abaixo da minha bunda e da um impulso para que eu suba em seu colo. Envolvo a cintura dele com minhas pernas e o agarro pelo pescoço, apoiando os cotovelos em seus ombros.

Code of Honour • Z.MWhere stories live. Discover now