She Needs A Wild Heart

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Zayn

Minha cabeça está doendo muito. Eu bebi demais ontem à noite depois da minha conversa com o pai de Aylena. Ela contou para os pais sobre nós dois, na verdade só o pai dela sabe exatamente sobre mim. Ela não me contou sobre a discussão com a mãe e eu também não quero arrancar isso dela. Eu só queria que eles entendessem que ela é diferente do modelo de pessoa que eles imaginam. Ela tem um coração livre, selvagem. Ela precisa de um coração selvagem com ela. E eu tenho isso, como ninguém mais.

Lev - o pai dela - foi à boate ontem à noite pouco depois de abrirmos, para me contar como "isso" aconteceu. Tive que contar para ele com os mínimos detalhes possíveis, mas ele reagiu bem melhor do que eu esperava. Disse que eu tinha que dar o meu melhor para ela, tratar ela bem, fazê-la feliz e acima de tudo não deixar ela saber sobre a nossa "parceria".

Hoje combinamos de nos encontrar aqui no Central Park, e assim que ela chegou já foi logo indo falar com Nicolas, que estava passando. Tive que manter Jackson - meu Rusk Siberiano - bem preso para ele não correr e eu perder a discussão entre a russa e o almofadinha. Ela foi tão valente que eu quase senti medo - quase.

Aperto mais a coleira de Jackson na minha mão e abraço Aylena pelo pescoço. Ela deita a cabeça em meu ombro enquanto caminhamos em silêncio. Fico me lembrando de como fiquei nervoso assim que contei sobre a boate. Achei que ela fosse fazer um monte de perguntas sobre, e quando eu estou nervoso não consigo responder. Também não esperava que ela fosse aparecer na boate, sei lá. Fiquei assustado e com medo de que ela tivesse visto seu pai e o acompanhante do mesmo, mas acho que ela não viu.

- Zayn. - ela diz do nada.

- Oi. - respondo sem olhar para a garota.

- Você acha que vamos ser felizes?

- Que pergunta idiota. - digo. - Por que essa pergunta agora?

- Sei lá. Tem tanta gente contra nós.

- Só sua mãe e o Nicolas. Isso não é "tanta gente". - digo, sorrindo.

- Hm, talvez. - há uma pausa - Meu pai ficou meio surpreso quando eu disse o seu nome.

Engulo seco. Sem perguntas, por favor. Continuo calado.

- Por que? - ela indaga e eu me controlo para não me irritar.

- E eu é que vou saber?

Ela dá de ombros e nós paramos em frente ao enorme lago do parque. Sento-me na grama e abraço o cachorro assim que o mesmo se senta ao meu lado, assim como Aylena. Ela beija meu ombro e ficamos parados, calados, olhando para o final do lago. Estou tenso e começando a ficar receoso de que o nosso relacionamento não dê certo por causa de todas essas porcarias. Na verdade a gente nunca devia ter se envolvido. Ok, eu a beijei primeiro, mas foi por um capricho e eu sou homem, e ela é bem gostosa.

Eu tentei ficar com raiva dela ao me chamar de "desclassificado" sem nem ao menos saber como anda a minha conta bancária, mas eu só queria encontrá-la de novo e imprensa-lá contra uma parede qualquer. Ela continua sem me contar sobre a briga com sua mãe, e eu me sinto preso à não perguntar. Logo as hipóteses de coisas que a mãe dela pode ter dito são substituídas pela imagem de Magnum na boate. Toda aquela carga de Z.M nas mãos de sabe-se lá quem, e todo o dinheiro que terei que pagar para aquele fisiculturista drogado do caralho, fazem meus pelos arrepiarem de ódio.

Code of Honour • Z.MOnde histórias criam vida. Descubra agora