Capítulo 1

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*Arg* — O ar está tão... Poluído, hoje! Jamais irei me acostumar com o ar desse planeta!

Sou Dayana, tenho 21 anos. Vim do planeta Rischelf, não é muito conhecido como vocês humanos podem ver.

Se imaginarem, vão pensar, me considerar uma alienígena.

Foi muito esquisito o jeito que vim parar nesse mundo. Em um piscar de olhos, estava em um lugar com um ar, estranho, que carregava muitas intrigas. E, pessoas com roupas, medonhas. Foi difícil me acostumar por aqui... Mas, fiz um esforço.

Sou dá família Jokley. Sim, Dayana Jokley. Eles são um casal que eram cientistas. Eram, porque hoje estão velhinhos. Me encontraram no quintal deles, como ouvi dizer. Cuidaram de mim, que se transformaram em meus pais. Aprendi a língua desses humanos ao passar do tempo. Pensa numa coisa difícil! Cada palavra... Que só Thor!

Mas bem, tenho uma coisa, uma coisa estranha que me diferencia das outras "pessoas". Eu tenho uma espécie de poder... Sim! Um poder que me faz voar e me teletransportar. Meus pais  sabiam disso, e me pediam sempre para utiliza-los para coisas boas. Quando eu era pequena, até me deram o nome de "teleposter". Pra mim, era um nome meio sem graça... E aliás, dava pra perceber que foi baseado no meu poder de se teletransportar. Mas eu também posso voar.

No dia seguinte...

— Pai, mãe, os senhores bancam essa casa sozinhos! Preciso ajuda-los!

— Querida, sua especialidade pode demonstrar perigo na sociedade.

— Eu sei, pai. Mas quero arranjar um emprego! Cansei de ficar voando por aí, sem rumo.

— Então, já que você quer minha filha, tente. - Deu a palavra final minha mãe.

Se algumas pessoas soubessem que eu tenho poderes e, mesmo assim quero trabalhar, me repreenderiam com toda certeza.

Como eram três dá tarde, ainda dava tempo de tentar uma entrevista para emprego. Vesti uma roupa bem social, para dar boa impressão.

Passei na banca de jornal para ver os empregos disponíveis, mas adquiria muita habilidade alguns... No caminho de algum lugar, vejo uma mercearia precisando de ajudantes para estocar. Será que era minha oportunidade?

Entrei, subi até a sala do gerente.

— Olá!

— Olá! Vi que precisam de pessoas para estocar as prateleiras.

— Sim! Sente-se. Você já trabalhou em alguma mercearia antes?

— Não... - Falei meio vermelha. Eu estava sendo interrogada por um humano, isso me deixava nervosa!

— Ah... Ok. Preencha essa ficha. Depois, caso você passe no teste o emprego é seu!

Sorri e preenchi a ficha rapidamente. Menos de dois minutos, bem sábia nas respostas.

— Pronto!

— Mas... Já preencheu tudo? Nem se passou dois minutos!

— É que amo tanto escrever que está no sangue...

Ele me olha meio surpreso, mas não diz nada.

No meu planeta, as pessoas eram bem decididas e organizadas. Por isso dá minha rapidez!

Ele olha minha ficha e faz uma cara de "estou impressionado". O rapaz sai dá sala e logo volta com um avental, um boné e mais algumas vestimentas. Parecia o que meus pais me falaram que se chamava uniforme. Era colorido, uma coisa que o pessoal do meu mundo negaria vestir.

Fui para o banheiro colocar o "uniforme". Ele bate as mãos uma na outra, parecendo ser o que chamavam de aplauso. Isso significava que ele estava impressionado.

Desço as escadas gentilmente com meu braço dentro do dele. Ele me leva e dá algumas ordens:

— Você vê a prateleira do produto e, caso esteja em falta é só pegar aqui do armazém e abastecer.

Olho e imagino uma tarefa fácil. Então, para me testar, ele pega um relógio que contava o tempo que passava. Me ordenou com a palavra "já" para  eu começar a abastecer.

Eram tantas prateleiras e tantos produtos. Me enrolei toda. As coisas estavam vivas! Eu as colocava aproximadamente uma dá outra e elas insistiam em ficar no chão.

Um barulho suave e despertador, chama minha atenção. Faltava dez segundos para o tempo se concluir. E... Não deu muito certo eu nas partes de armazenar.

Ele me olha com um olhar meio triste e decepcionante. Senti que o moço esperava mais de mim...

O gerente resolve me dar outra chance, só que dessa vez no caixa. É... Naquele balcão onde as pessoas passavam os produtos e pagavam o total. Eu não estava pronta nem pra um, muito menos pra outro.

IDENTIDADE ZEROOnde histórias criam vida. Descubra agora