Capítulo 36

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Fechei as grandes cortinas que tampavam a vista para fora. Peguei meu uniforme e o vesti. Calcei minhas botas de cano longo e vesti minha tão querida máscara.

Peguei meu comunicador e chamei Ruan, mas ele não respondeu.

— Acorda! - Gritei.

O comunicador começou a fazer um barulho de chuvisco, que me deixou muito desconfortável, me fazendo tremer toda. Mas logo após esse barulho, sou respondida, mas não era a voz de Ruan. Que ótimo!

— Only?

— Quem é? E onde está Ruan? Preciso da orientação dele.

— Ruan está dormindo, e parece que esqueceu o comunicador em cima do painel de controle central. Sou o Marcos, aposto que já me viu por aqui. Já até te informei uma vez. - Riu. — Baixinho que usa óculos, estava na maior parte do tempo ao lado do Mário.

— Ah, sim, você! Olha, depois batemos um papo, mas agora preciso da minha missão.

— Ok, abra o Notebook que aparecerá a foto da vilã.

Esse momento de desespero chegou, nem acredito.

Fui até o computador, que também era um “Notebook”. Já vi algumas pessoas ligarem coisas assim, tinha algum botão. Passei a mão em todos os cantos do Notebook até encontrar algo maior, que provavelmente era o tal botão. Apertei e segurei, e uma chamada apareceu indicando ligar.

— Ligou? Se sim, coloque seu número de agente.

— Uma pergunta, esses tal dados vão ficar gravados?

— Não, depois vamos formatar. Vou enviar a imagem e aparecerá automaticamente, não é difícil.

Coloquei o meu número, (0014) e logo após apareceu a imagem com quem eu teria que lutar.

Coloquei o meu número, (0014) e logo após apareceu a imagem com quem eu teria que lutar

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— Fico admirada com a criatividade dessa gente pra nome de mutante. Mas como vou acha-la se pode ser qualquer um a minha volta?

— Dayana, preste atenção na foto dessa menina. Olhe os olhos dela, decore o jeito que ela olha, deixando o olhar semicerrados. Mesmo fingindo ser outra pessoa, ela continua deixando o olhar semicerrado. Vai ser hardcore isso, mas você terá que procurar um por um nessa região do Canadá.

— Saizol, a queima?

— Como todos, sim, a queima. Agora vá! Qualquer notícia te informarei, mas não perca mais tempo.

Estou pronta para a palavra “hardcore”? Claro, vou saber o que é agorinha.

Peguei um casaco de veludo e saí do meu quarto. Fui para o terraço do hotel, e fiquei na beirada, parecendo que ia cometer suicídio, mas não, por enquanto .

Tirei o casaco e o joguei. Olhei para todos os lados e para baixo, vendo se ninguém me observava. Ninguém olhava, pelo menos. Voei para o mais alto possível, queria pensar primeiro em uma forma de tornar essa missão pacífica.

— Only?

— Oi? - Parei de voar e fiquei parada flutuando. — Me diz que tem pistas, por favor.

— Tenho sim. Uma senhora a alguns metros de onde você está, relatou ver um homem se desmanchando e virando uma mulher.

— Captei.

Desci um pouco da altura que estava para observar, ver se encontrava alguma multidão reunida para notar, percebi que lá estava a testemunha.

Estava tudo tranquilo, até ver um carro policial e alguns jovens parecendo irritados?

Me aproximei, não ficando a vista, em cima do telhado de uma farmácia.

— Senhora, conte detalhadamente!

— Mas moço, eu já contei tudo. Ele simplesmente derreteu, não sei. Sua pele está ali, olhe! E logo virou mulher, uma mulher!

— Pode dizer as características dessa mulher que ele se transformou?

— Alta, olhos castanhos e cabelos encaracolados. Vestia um casaco jeans, uma calça leggin e um sapato preto.

O policial se afastou e pediu para trazerem o detetive pelo walkie talkie. Enquanto ele acalmava a multidão, já longe do local onde ocorreu. Lá tinha, tinha uma espécie de passagem que levava à um local escuro, com luzes queimadas e uma porta de ferro. Tentei abrir mas estava trancada. Ótimo, terei que fazer barulho. Vasculhei o lado de fora, para ver se encontrava algo útil.

— Ai! - Gritei sem querer.

Pisei em algo que estava pontudo, para cima. Olho para o chão e lá estava, um grampo de cabelo já danificado. Pego e tento a sorte igual nos filmes, novelas, séries. Coloco no buraco da fechadura e movimento de um lado para o outro.

— Droga!

— Está tudo bem aí, Only?

— A porta que talvez a vilã entrou está trancada!

— Se teletransporte.

— Eu só consigo me teletransportar para uma coisa que consigo ver. Se não vejo o lado de dentro, não tem como. - Coloquei as mãos na cabeça, e gritei. *Arg*

Chutei a porta, me causando uma leve cãibra. Mas deu resultado, ficou torta deixando um buraco apertado para que eu conseguisse passar. Mesmo só tendo arrebentado uma das coisas que seguravam a porta e a deixou torta.

— Ah, obrigado pés! - Agradeci rastejando para dentro do local.

IDENTIDADE ZEROWhere stories live. Discover now