Capítulo 59

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— JOAN! - Gritei.

Limpando uma espada com um pano branco, mas que estava ficando preto de sujeira, veio até mim.

— Me mostre suas armas mais poderosas, por favor.

— Cê que manda.

Colocou a espada e o pano em cima de uma caixa de vidro, e foi até uma arma em cima de uma prateleira. A pegou com cuidado, como se fosse a preciosa dele e que, qualquer movimento fizesse ela atirar.

— Esse é uma das minhas preferidas, e também é bem forte. O nome dela é Restraitonentor e foi feita exatamente para matar meta humanos. Com um tiro, mirado no coração, solta uma força elétrica até fritar o coração.

— Nossa, que incrível! Acho que vou querer essa mesma.

— Ok. - Quando ia me dar, a colocou perto do peito novamente. — Desculpa, mas essa não será possível usá-la. Está com um defeito na passagem da bala.

Fiquei triste, pois era a arma perfeita. Mas continuei andando pelo local, e Joan me ajudava. Mas não deu certo, apesar de opções ótimas as melhores estavam com defeito ou uma peça faltando. Droga!

Com um sorriso meia boca, sem ânimo, saí da sala de equipamentos deixando Joan terminar o que fazia antes.

Foram horas procurando a arma perfeita, até ficar prestes a escurecer. Da grande janela que ficava no segundo andar, com a escada frente a ela, dava pra ver o sol se pondo, se escondendo entre as árvores até sumir. Coloquei as duas mãos na janela enorme, que na verdade poderia ser considerada uma parede de vidro. Ele vai acabar comigo.

— Only, tudo bem? Está triste.

— Estou perdida, Michelle. Perdida.

— Quer me contar? Venha, vamos para o refeitório! - Me convidou colocando o braço em volta do meu pescoço.

Descemos as escadas e andamos até o refeitório. Já estava prestes a servir a janta, que o cheiro me deixou faminta. Daria pra conversar com Michelle com a cabeça pensando na janta cheirosa? Dayana! Conte para a Michelle detalhe a detalhe.

Sentamos numa mesa com alguns funcionários que conversavam. Mesmo se quiséssemos alguma vazia, só ficaríamos querendo. Estava lotado, parecendo que o cheiro tivesse atraído todos. Mas os que estavam ali, era apenas a metade de agentes e funcionários. Metade. E olha que ainda tivemos sorte em achar uma mesa com espaço para nós duas.

— Conte.

— Zamalion vai vir atrás de mim, eu sei disso. E ele é forte! Não é qualquer arma que pode derruba-lo.

— Seu pai é tão forte assim?!

— ELE não é meu pai. Meu pai que me criou com amor e atenção, está morto. - Muitos me olharam quando falei em um tom de voz alto. — Mas sim, ele é forte. Não tem apenas dois poderes igual eu. Tem muito mais!

— Você já procurou armas com o Joan?

— Passei a tarde toda lá. Mas as armas mais avançadas e necessárias, estavam quebradas.

— Uma pena!

Balancei a cabeça concordando. Pensei que ela teria uma ideia assim que eu terminasse de contar, mas dessa vez foi diferente. Pegou seu tablet e me deixou ali, sem uma sugestão do que fazer. Ok...

— Licença, e desculpe. Mas não pude evitar de ouvir o que conversavam. - Sorriu.

Se não tivesse ouvido, estaria com um certo problema de audição ou muito concentrado no que conversava com o colega. Estava do meu lado.

— Não tem problema. Toda ideia é recebida como uma tentativa.

IDENTIDADE ZEROWhere stories live. Discover now