Capítulo 40

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*TOC TOC*

- Senhorita Dayana, aqui está seu X-bacon acompanhado de um refrigerante de uva!

- Finalmente! Por que demorou? - Perguntei abrindo a porta.

- Desculpe, muitos pedidos. Mas aqui está. Boa refeição! - Foi até outro quarto.

Peguei a bandeja e o refrigerante. Fechei a porta a empurrando com um dos pés. Coloquei em cima da mesa e esfreguei as mãos umas nas outras.

- Vamos lá, aproveitar essa comida pela última ou penúltima vez!

Separei o papel do garfo e da faca. Olha, desculpa hotel, mas eu vou comer como gente comum mesmo. Na mão. Segurei o X-bacon e levei até a boca. Antes que pudesse morder e saborear, o hotel treme como um terremoto. Virei os olhos para cima, vendo que agora não comeria meu lanche. Peguei o refrigerante de uva, e fui até a grande janela/vista. Destampei a garrafa e bebi um pouco. Respirei e aproximei a garrafa da boca e engoli a seco antes de beber novamente. O líquido escorria até minha boca, mas novamente o hotel começa a tremer. Só que dessa vez, mas forte, me derrubando no chão e alguns móveis. Inclusive, o refrigerante consegue cair sobre minha camisola, me deixando encharcada e com um cheiro de uva.

- Mas que palhaçada é essa?! - Aproximei meu rosto da janela e tentei olhar para baixo.

Uma multidão corria e havia uma rachadura enorme na rua.

*TOC TOC*

Corri até a porta e abri. Era um funcionário do hotel, desesperado.

- MOÇA! - Gritou. - Moça, me ouça bem. Você precisa sair daqui, agora!

- Por quê? O que está havendo, moça?

- Um maluco lá fora, um mutante, não sei. Ele, ele está lá fora provocando esses terremotos. Arg! - Olhou pra mim e correu escada a baixo, desviando das pedras que caiam do teto.

- Ok, uma missão não prevista. Mas preciso ajudar!

Fui até o cabideiro e coloquei meu uniforme o mais rápido possível. Quando estava calçando os sapatos, me lembrei: Droga, estou sem máscara! Mas não tinha jeito. Com máscara ou sem, iria salvar aquela gente de um maluco.

Já pronta, só peguei o saco de Saizol e coloquei em um bolso apertado. Olhei para a janela e dei dez passos para trás. Com uma perna na frente dobrada, contei mentalmente até três. Um, dois, três! Corri até a janela e pulei contra o vidro a fora. As pessoas que estavam um pouco afastadas do hotel, olharam a mim, pular e ir rapidamente em direção ao chão. Mas a pouco centímetros de morrer na queda, voei para cima. Se preocupe tanto com o rosto quanto com as pessoas, talvez.

Observei o hotel e vi ele desmoronando. MEU X-BACON! Fiquei desesperada. Não tinha nada comigo além da vestimenta do momento e o Saizol. Nem ao menos, a documentação que seria preciso para voltar a Chicago.

Uma risada alta e maligna, acompanhada de deboche se destaca entre gritos. Os gritos foram se acabando até não ter mais. Pois, todos prestavam atenção no vilão.

- Hahaha, é ótimo não ter onde ficar né?

- Ótimo, vai ser você na cadeia. - Falei de costas para o vilão.

- Quem é você?!

- Sua nova inimiga. - Falei indo com um chute na direção do homem.

IDENTIDADE ZEROWhere stories live. Discover now