Capítulo 66

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— Nós vamos te tirar daqui! - Segurou o meu queixo com as duas mãos e olhou nos meus olhos.

Garry quebrou a barreira de Saizol. Já que as coisas que seguravam meus braços e pernas eram difíceis de quebrar, me teletransportei para frente estando livre novamente.

— Vai vai vai vai vai vai! - Um dos homens gritou fazendo um sinal com as mãos para sairmos da sala.

Eu estava cansada de tanto sol levado no rosto. De ter suado muito, e passado tempo demais toda esticada, sem poder fazer muitos movimentos. Mas não estava morrendo, dava pra andar e voar poucos centímetros do chão.

Saímos apressados, na esperança de voltar pra área 51 tudo bem e sem barreiras. Fomos para a saída, com muitos homens treinados vigiando do meu lado e no helicóptero. O helicóptero estava descendo. Eu vou nele? Se sim, dessa vez não seria segurando no trem de pouso.

A brisa do vento forte das hélices do helicóptero causando. Com os pés firmes junto aos passos indo até ele. Tudo estava prestes a dar certo. Falei bem, estava.

— Aonde pensam que vão?!

Aquela voz alta e inconfundível de Zamalion. Antes que pudéssemos avista-lo, um raio azul foi em direção ao helicóptero. Aí meu Deus!

— RECUAR! - Gritou Garry voltando junto comigo.

Um barulho de explosão tão perto. Sim, o helicóptero foi explodido! Quando olhei, vi aquelas grandes peças e uma poeira vindo a nossa direção. Senti como se estivesse em câmera lenta. Estava correndo o mais rápido que conseguia naquele momento, mas percebi que ao sentir tudo devagar, era um tempo pra eu pensar em algo melhor do que correr, e ser uma ideia que surgiu rapidamente. Dayana, voa!

Tirei os pés do chão, e voei para dentro da fábrica segurando o Garry de lado. Não fui muito longe, caímos no chão por conta do impulso da explosão.

— Você está bem? - Perguntei tossindo por causa da poeira, colocando as mãos frente aos olhos.

— Nós temos que sair daqui! - Levou a mão ao ouvido. — Atenção, precisamos de reforços! Estão me ouvindo? Precisamos de reforços.

Ouvi um chiado, mas sem alguma voz falando no comunicador.

— Eles não respondem. Vamos ter que nos virar por conta própria.

Garry se levantou e me ajudou a levantar. A minha garganta estava seca, a voz saindo rouca. Droga! Pior momento para fugir ou estar cansada. Corremos com várias paradas para recuperar o tampouco fôlego.

— Filha, não temos tempo para brincar de se esconder!

Eu e Garry encostamos numa parede para que Zamalion não nos visse. O nervosismo bateu. Como ele era forte! Meu pai, tão forte que não sabia se conseguiria lutar com ele e vencer. Talvez, aquele momento fosse a hora de usar o soco travessa. Mas não estava comigo! Eu sabia que estávamos lascados, tanto Garry quanto eu que sem equipamentos avançados o último suspiro seria o próximo. Tenho que me entregar? Garry olhou nos meus olhos, como se adivinhasse o que eu pensava e balançou a cabeça dizendo “não”.

Espiei para ver onde Zamalion estava. Vi aquele corpo entre a fumaça se destacado. Vi pessoas que no caso eram os homens treinados, atirando nele e morrendo com os poderes dele. Um tempo que eu não fazia loucuras... Chegou a hora de eu fazer mais uma.

— Only, não! - Sussurrou com o desespero em mente.

Segurei sua mão e o olhei nos olhos.

— Não é a primeira vez que faço uma loucura dessas. E não é a primeira que vou sair viva.

Sorri sem graça. Foi tão lindo o que eu disse, fiquei orgulhosa. Saí de trás da parede e fiquei no corredor, onde daria para Zamalion me ver claramente.

— Ei, Zamalion. Você quer me levar para Rischelf?

*Risos*

— É claro.

— Então vem. Vem me pegar, paizinho! - Olhei para Garry. — Tenta entrar em contato com o pessoal. - Voei para lugares aleatórios, e percebi que Zamalion estava atrás.

IDENTIDADE ZEROWhere stories live. Discover now