Capítulo 64

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Vesti meu uniforme, a máscara e a capa. Não achei a arma e a faca. Sentei na cama e olhei aos redores, procurando lembrar onde deixei pela última vez. E agora?

— Only! - Abriu a porta do quarto e entrou. Estava com outra arma nas mãos. — Quase esqueci. A sua arma e a faca estão dando um trato, por isso, vim te trazer essa.

Me levantei e fiquei a sua frente. Garry me deu a arma e eu analisei, virando de um lado pro outro, vendo a mira e outras coisas. Glocker G69? Adorei!

— Obrigada. - Pisquei e saí do quarto.

Coloquei a arma na cintura, fui para o campo aberto para fazer aquela incrível decolagem. Corri, saltei e voei.

Não precisei da localização já que não seria a primeira vez que eu vou pra lá. Mas uma coisa que não me encaixa, por que Zamalion voltara lá? Ele tinha ido embora minutos antes de eu atirar nele, não?

Quando cheguei, desci devagar com os olhos focados na entrada da fábrica. O grande negócio pontudo e maior para os lados, ainda estava lá. Seria esse o que o garoto informou?

— Estão na escuta? Preciso saber se foi o mesmo objeto que eu havia dito antes, quando estava aqui na primeira vez.

— Vamos verificar. - Ouvi várias vozes no fundo, e uma mais alta gritando um nome. Provavelmente do garoto que dissera sobre o Míssil/bomba. — Aqui é o Otávio falando. O objeto que identifiquei como bomba/míssil estava dentro da fábrica.

— Então... Ok, agradeço. - Encerrei a chamada.

Entrei dentro da fábrica. Deserta, igual.

— Zamalion, precisamos conversar.

Continuei andando, prestado atenção em cada barulho ou sentimento ruim. Não fui respondida, ainda estava lá?

— Vocês tem certeza que ele ainda está aqui? - Falei para o comunicador.

— Ele ainda está aí. Tivemos acesso as câmeras e vimos que ele está aí. Mas não sabemos onde!

Desliguei. Ouvi um barulho e virei pra trás, com uma pose tendo os punhos cerrados e pernas a uma pequena distância uma da outra. Agora eu posso confirmar que tem alguém aqui.

— Aparece! - Gritei olhando aos redores.

— Eu já apareci. - Uma voz atrás de mim, falou.

E antes que eu pudesse me virar, senti uma picada no meu pescoço. Sem poder fazer nada, meus olhos pesaram por completo. A última coisa que consegui ouvir foi:

— Boa noite minha filha.

***

Abri os olhos devagar, estava num lugar escuro. Iluminado com apenas um pouco da luz do dia. Abafado. Acordei com suor na testa ao escorrer para o pescoço. Amarrada? Acorrentada? Minhas pernas e braços se encontravam esticados, estava presa encostada na parede. Já vi isso em alguns filmes e imaginava o desconforto. Agora não vejo o desconforto, eu sinto.

A porta se abriu, mal consegui ver quem estava. A luz do sol, somente no meu olho, fez com que eu visse o ser em preto com um pouco de vermelho. Como se fosse só a sombra.

— Acordou? Já estava na hora.

— Ah, claro, Zamalion. - Abaixei a cabeça tentando me livrar do sol nos olhos. — Vai me matar ou torturar? Porque se esse é o jeito de demonstrar amor atualmente lá em Rischelf, não é muito legal não.

— Sabe que não visito Rischelf desde o acontecido. - Se aproximou. — Mas nós vamos. Eu e você, Zamalion e Valisya em RISCHELF novamente!

Era só o que me faltava.

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Parece que os vilões adoram prender a Only em pequenos quartos, não? Ou melhor, sequestra-la.

IDENTIDADE ZEROOpowieści tętniące życiem. Odkryj je teraz