Capítulo 41

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Caído no chão, passou a mão nos olhos e semicerrou-os.

— Por que fez isso com essa pobre gente? - Indaguei de costas.

— Pelo jeito você não sabe como é perder um lar, por pessoas ruins. Só estou vingando a morte dos meus pais junto com minha moradia desmoronada. - Encarou todos. — Jamais pude ver quem fez isso, sem motivos. Só soube de uma coisa... Quem mandou fazer isso, mora aqui nessa rua. Então todos, todos mesmo, irão pagar em nome daquela pessoa!

Essa vingança estava injusta! Todos pagarem por conta de um? Realmente pensei nesse caso. Pensei em ajudá-lo mas ele deixou essa gente sem onde ficar.  Arriscando meu rosto de ser visto, virei para frente e encarei o ladrão. A luz do poste atrás de mim piscava, e não deixava meu rosto iluminado. Levei a mão direita até o bolso onde estava o Saizol, e, peguei o saco. Olhei para baixo e pensei: Desculpe-me. Joguei o pó nele fazendo cair no chão e se retorcer de dor. Estava desintegrando, virando cinzas.

Todos me olharam assustados.

— As vezes, é preciso fazer isso com alguém mau para proteger inocentes. - Falei para todos ouvirem. — A não ser com o lar desmoronado, não à mais com que se preocupar.

Dei as costas e andei. Ouvi barulho de sirenes de ambulância, bombeiros e do carro de polícia. Essa foi fácil!

Um baurlho de algo grande se movendo toma conta do local. Parei de andar e olhei para cima. Uma rachadura enorme se abriu no resto do hotel, onde era meu quarto. Não demorou muito e, A COLUNA ESTAVA CAINDO!

Me teletransportei até uma idosa, que estava no local onde calculadamente caíria o restante do hotel. Segurei na cintura dela e me teletransportei até um local longe. As outras pessoas corriam o rápido que conseguiam para longe.

Respirei ofegante, e esperei a menina pequena correr até onde todos estavam.

— MEU URSINHO!

Ela havia deixado o ursinho cair.  A coluna já estava chegando ao chão, e a garotinha em baixo. Ela voltou para pegar o ursinho e voltou a correr. Vi que não daria tempo de ela chegar, então olho para onde ela estava e... Eu quero me teletransportar! Não funcionou.

— FILHA! - A mãe da garota gritou, sendo segurada pelos policiais.

Vai droga! Se teletransporta, vai! Não estava funcionando por mais que eu tentasse. A menina estava chegando perto com um sorriso no rosto. Mas não deu tempo. A grande coluna já havia caindo. Sangue para vários lugares, e o ursinho, o objeto que custou a vida dela estava lá, para fora do local de onde ela fora esmagada.

A mãe caiu no chão e chorou. Olhei para ela, me aproximei, (não deixando o rosto a vista) e coloquei a mão em seu ombro.

— Eu, lamento! Não sei o que houve com meu poder naquela hora...

— VOCÊ NÃO SALVOU MINHA FILHA!

— Me-me desculpe!

— ASSASSINA!

Provavelmente não sabia o que dizia, por estar em choque e desesperada. Mas eu também estava aterrorizada. Queria saber porque meu poder de se teletransportar falhou.

Sem dizer mais nada, e sendo encarada com rostos de ódio pelo povo, peguei o ursinho da garotinha e voei. Não queria saber mais do Canadá. Pelo menos, não daquela rua. E saí voando com o destino de chegar em Chicago, mesmo com sono e que demorasse uma eternidade.

IDENTIDADE ZEROWhere stories live. Discover now