Capítulo 26

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Tinha que tomar cuidado, qualquer movimento e eu estaria revelada a sociedade. Ambos pensam iguais nos filmes que não faz mal, é bom ser homenageado e tal. Mas a parte mais perigosa, é quererem te capturar por fazer o trabalho dos policiais, e pensar que machuca a sociedade.

Fui até uma parte estreita, onde não se encontrava olhares. Aliás, todos observavam e ajudavam os que se machucaram naquele assalto.

O ladrão foi para o estacionamento, e era pra onde queria ir. Me teletransportei para trás de um vaso de flores, tentando não ser flagrada.

Andei tentando me fazer de uma "não sei de nada", indo até a entrada do shopping.

Vi o ladrão entra no carro e sair em uma velocidade alta. Corri! Olhei para o banco do passageiro, e consegui me teletransportar para dentro do carro.

— Para esse carro!

*Grito*

Arregalou os olhos e não sabia se focava na estrada ou em mim. — Uma estranha que surgiu do nada no banco passageiro.

Continuou dirigindo, e parecera não querer parar tão cedo. Saímos do estacionamento, já estando na rua, que não se encontrava muitos carros. Praticamente deserta.

Peguei o voltante e fui agredida, com um tapa abaixo do olho. Continuei segurando o volante, tentando manter o controle do carro e não bater. Ele me bateu no rosto, deixando um pouco de dor. Tentou me tirar de lá, mas minhas mãos continuavam segurando fortemente.

Foi uma luta, praticamente. Mas não tive a oportunidade de agredi-lo também. Mais apanhei do que soquei. Minhas mãos deslizaram, girando o carro para a esquerda fazendo o carro perder o controle.

Fechei os olhos por alguns segundos, respirei fundo e olhei para o banco do motorista. Não foi grande impacto, quase não nos machucou direito. Mas machucou um pouco.

Peguei na gola da blusa do ladrão, olhei no fundo dos seus olhos, deixando claro que estava brava, e que o levaria para a prisão.

Você vai ser preso!

— Você não tem direitos de me prender!

Ouvi um barulho de sirene, parecendo ser de carro de polícia. Olhei para o retrovisor e realmente eram eles chegando, parecendo ter umas quatro ou cinco viaturas.

As viaturas pararam, ainda um pouco distante, mas pararam. Para não ser pega, e como troco, dei um tapa em seu rosto deixando a bochecha vermelha. Abri um sorrisinho de lado e concluí antes de sair de lá:

— Quem sabe se não te faço uma visitinha...

Me teletransportei um pouco longe das viaturas. Estava indo de volta ao caminho do shopping, aparentando ser uma menina que surgiu do nada, mas surgi de muita coisa.

Mal andei e já estava morrendo de cansaço. Foi porque não me hidratei. Pensei convencida.

Foram mais ou menos vinte minutos para chegar na frente do shopping. Sentei na escada da entrada, apoiei os dois braços e respirei fundo, tentando recuperar o ar. Olha, consigo andar de muito longe sem me cansar, mas dessa vez... Parece que fui em Marte e voltei andando.

Entrei novamente no shopping, mas dessa vez, só para beber água do bebedouro e usar o banheiro. Chega por hoje! Estava escurecendo, praticamente metade do dia foi nesse local, e um outro resto na área 51 e na perseguição.

IDENTIDADE ZEROWhere stories live. Discover now