Capítulo 49

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E se alguém estiver por trás desse vilão? Se Michelle estiver certa? Pensei.

- Aguardo localização.

Demoraram um pouco para responder.

- Rua silvestre a dois kilometros. O homem está em um bar, entrou a pouco tempo. Mas é melhor você acelerar!

E obedeci. Tentei acelerar ao máximo. Mas acabou dando certo, cheguei depois de oito minutos de voo.

Pousei em frente ao bar. Não estava nem um pouco preocupada se as pessoas iriam me ver ou não. Antes, me preocupava por pensar que aqueles que eu protegia me atacariam. Mas já apareci na frente de alguns uma vez, e por que não posso de novo? E como já ouvi falar: Mesmo você não fazendo nada, sempre vai ter aquele contra.

Não estava cheia a rua, apenas uma mãe com uma garotinha  e um idoso. Ficaram me olhando de boquiaberta pensando que era apenas uma miragem.

— Por favor, fiquem longe desse local!

A garotinha foi se aproximando,  alegre. E a mãe vindo atrás, com medo de que eu a machucasse.

— Ranny!

— Você salva as pessoas? - Me perguntou, curiosa.

— Sim, eu as salvo. - Me ajoelhei.

— Um dia, quando eu crescer, quero ser igual a você.

Fiquei muito feliz ao receber esse elogio. Me lembrei da outra garota que não consegui salvar... Por isso, fechei o sorriso e fiquei séria. Pensei em continuar deixar ela sonhando dessa forma, mas falei algo muito melhor.

— Eu sou diferente. Nem todos podem ter poderes. Nem mesmo, aqueles que sonham em ter. Já tem que ter nascido assim, entende? Mas sabe, você pode salvar as pessoa de outra forma.

— Mas como vou salva-las sem poderes?

— Claro que no mundo existem pessoas más, que usam seus poderes para matar ou prejudicar a sociedade. Mas pessoas treinadas e prontas pra isso, vão resolver. E pessoas igual você, comuns, pode ajudar o mundo e salvar as pessoas de outra forma. Sabe qual?

Balançou a cabeça querendo dizer “não”.

— Ajudando os necessitados. E olha, que isso é uma das formas de salvar alguém! Mais uma coisa: Lembre-se que o poder que todos nós temos, fica aqui. - Toquei com o dedo na minha cabeça duas vezes. — A mente, contém coisas sábias que sem ela, atos bem pensados não seriam feitos. Promete ser uma boa pessoa, salvando-as dessa forma?

— Prometo!

— De dedinho? - Estiquei o dedo mindinho.

— De dedinho. - Junto ao meu e me abraçou.

Foi um abraço ótimo. Um abraço puro e repreto de inocência. O abraço, que talvez eu teria recebido da outra garotinha...

As pessoas da rua se afastaram. Posicionei a arma na mão e abri a porta do bar. Todos me encararam. Andei até o homem que reconheci como o assassino dos meus pais. Coloquei a faca frente ao seu pescoço, colado.

— Sebastiãn Liurio, você cometeu um ato envolvendo meus familiares.

— Deixe-me explicar.

— Lá fora.

Saímos. Eu estava com a faca mirada na suas costas, para qualquer coisa só aprofunda-la.

— Comece! Estou aqui para escuta-lo. Se não fosse isso, já teria o matado.

— Não foi porque eu quis.

— E como posso ter certeza?

— Ele disse que te conhecia, e seus pais adotivos eram um problema. Fui forçado a mata-los!

— Então me leve até seu chefe.

— Não posso! Você vai encontrá-lo no momento certo, acredite.

— Mas eu quero agora! - Falei com uma voz maligna.

Ele me olhou, deu alguns passos pra trás e ficou invisível. Ah meu Deus!

— Only, está com problemas? - Perguntou Ruan, sendo acrescentado mais uma voz, mas feminina. — Ele ficou invisível, não?

— Sim. Mas não se preocupem, tenho uma ideia em mente.

IDENTIDADE ZEROWhere stories live. Discover now