Capítulo 60

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O rapaz que conversou com a gente, falou mais algumas palavras com quem conversava antes e retomou a falar conosco.

— Eu acho que posso ajudá-la, Only.

— Ótimo! Se conseguir, vou ficar eternamente grata. Você é um funcionário?

— Não. Prazer, sou o agente 0026  e Rosaimon.

— Prazer! - Eu e Michelle falamos juntas trocando apertos de mãos com Rosaimon.

Ele apoiou os dois braços na mesa e me encarou por segundos. Olhei para Michelle com uma expressão curiosa, e ela fez o mesmo.

— Esse vilão é o seu pai, sim?

— Por favor, pai não. Mas sim, é o Zamalion.

— Ela precisa de uma arma competente contra um vilão fortíssimo. - Explicou, Michelle. E eu agradeci através de um olhar e um sorriso meia boca.

— Eu sou agente aqui a muito mais tempo, e esse tipo de vilão já foi derrotado antes. Talvez seu... Zamalion, seja mais forte que os outros, mas a arma poderá destruí-lo de qualquer forma!

Já estava ficando ansiosa, querendo saber, sentir a arma nas minhas mãos. Não é todo dia que ouço falar de algo tão competente assim. Esse rapaz sobe minha esperança!

— Diga onde está! - Bati na mesa e falei ansiosa.

— O uso dela só pode ser uma vez, por isso tem que construir outra. É tipo um soco inglês, mas a pessoa que for usá-lo terá que construí-lo.

Uau!

— E qual a diferença do soco inglês normal? - Perguntou Michelle.

— A diferença, é que, a fúria e precisão do uso faz que atravesse o corpo da pessoa. Tem que usá-lo mirado no coração.

— Quais são as peças?!

— Joan deve saber. Mas está no livro de fabricação de armas na sala dele também.

— Obrigada! - Levantei e voei para chegar mais rápido na sala de Joan.

Quando cheguei, ele não estava. Seria errado entrar lá sem sua permissão, mas nesse caso teria que pedir licença ao vento e entrar.

Passei dedo a dedo nas prateleiras, olhos focados e abrindo gavetas. Quando não via um livro já fechava, sabendo que o que eu procurava não estava ali. Revirei durante minutos aquele lugar, até chegar a desistir de procurar.

Encostei na parede e fui escorregando devagar, até sentar no chão. Já estava com o rosto repleto de suor, me fazendo levar a manga da blusa para secar. Me levantei novamente indo em direção da porta, passando dois dedos na mesa perto a saída. Toquei em algo maior, mas dá cor da mesa - marrom. O LIVRO! Voltei e esbugalhei os olhos. Peguei o livro e levei ao peito, abraçando. Sabe por quanto tempo te procurei, bichinho? Até que sentei no chão e comecei a ler.

Eram diversas receitas para fazer armas. Tudo aquilo pra mim foi uma confusão, já que não entendia de peças e construir coisas.

— Ham, como vejo vai ser muito fácil fazer. - Falei sarcástica, rindo e chorando de mentira.

Estou lascada. É meio uma injustiça a pessoa que for usar, ter que construir. Quem foi o ser humano que teve essa ideia? Sou contra!

Após virar folha a folha, achei! Soco travessa nada fácil. Me levantei e limpei a calça atrás, olhei os nomes das peças e já queria fazer. Mas estava de noite, por isso a ausência de Joan. Amanhã. Então foi deixada para o dia seguinte.

Fui para o meu quarto e troquei de roupa colocando uma camisola. Escovei os dentes e sentei na cama. Fechei as cortinas da grande janela no meu quarto e me deitei. Boa noite!

IDENTIDADE ZEROWhere stories live. Discover now