— Ande! Estamos curiosos.
— Ok. - Larguei o garfo e limpei a boca com o guardanapo. — Um mutante não previsto atacou, que tinha o poder de causar terremotos...
[...]
— Inclusive, vocês acharam um ursinho que eu trouxe?
— Sim, está com Lanyon.
Me levantei e voltei para a enfermaria. Larguei a bandeja lá mesmo, queria o urso mais que tudo. Se ninguém fizesse o favor de levar minha bandeja até o local apropriado, eu mesma faria depois.
Bati na porta, *TOC TOC* e entrei.
— Licença, Lanyon.
— Pode entrar. Já está melhor? Se alimentou? Não quero correr o risco de ser mordido.
*Risos*
— Já comi sim, não se preocupe. E estou melhor em relação a "não estar passando mal". Mas estou mal, tipo muito abalada em relação a meu psicológico. A propósito, onde colocou um urso que eu trouxera?
— Ali. - Apontou para uma prateleira e pegou. — É seu? — Apertou o ursinho.
— Não. Era de uma menina que... Não pude salva-la. Lanyon, algo aconteceu comigo.
— Como assim?
— Eu... Eu não consegui me teletransportar para salvar a garota do prédio que desmoronava.
— Sente aqui, vou te examinar.
Coloquei o urso do meu lado na maca. Sentei, e esperei Lanyon começar os exames.
Primeiro foi o de sangue, depois um raio-x entre outros.
*TOC TOC*
— Licença, tô entrando! - Disse Garry.
Abri um sorriso ao vê-lo entrar. Lanyon apenas olhou para trás e logo se concentrou de novo nos resultados. Mas pareceu confuso, e tentando extrair informações de sua cabeça ao máximo para entender algo.
— O que faz aqui, Only? Está se sentindo mal? - Indagou Garry, preocupado. Se sentou ao meu lado e me olhou.
— Cuidado! - Gritei pegando o urso. — Você ia se sentar em cima do urso, aquele urso tão significante.
— É esse urso? - Encarou. — Me desculpe.
Balancei a cabeça querendo expressar um "ah, tudo bem".
Lanyon passou as mãos no cabelo e se virou para nós. Confuso, disse:
— Desculpa, Only. Fui além do meu conhecimento nessa área, mas não sei o que fez seus poderes falharem.
— Ah, tudo bem.
— Only, você não contou que seus poderes haviam falhado naquela hora. - Se levantou, Garry.
— Mas o que que tem? Você sabe por que falhou? - Me levantei.
Lanyon também se aproximou para ouvir Garry. Certeza que ele sabia de algo.
— Sim, sei. Only, você é um daqueles meta humanos que seus poderes, não te deixam usá-lo sabendo que algo ruim irá acontecer. Em outras palavras, você não conseguiu se teletransportar porquê, em uma aceleração do futuro, se você se teletransportasse para salvar a garota, seria esmagada junto a menina.
— Como assim? Isso não faz sentido! - Exclamei indignada.
— Eu... Preciso de um copo d'água. - Disse Lanyon saindo da enfermaria.
— Eu sei que não faz muito sentido. É como se seu poder de se teletransportar, soubesse que não daria tempo de sair a salvo, de ter uma vitória, e por isso falhou. É como se o prédio já tivesse desmoronado e você queria se teletransportar pra um lugar já com rochas, onde não via mais o chão. Me entende?
— Consegui compreender por mais horrível que foi essa explicação. Mas enfim, você vem comigo até o hospital visitar meus pais?
— Mas é claro! - Encerrou Garry.
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IDENTIDADE ZERO
Action[CONCLUÍDO] Livro ganhador de 1° lugar na categoria Ação no concurso O Melhor Do Mês! Dayana Jokley, uma garota com vinte e um anos. Na verdade, uma alienígena. Veio do planeta Rischelf de repente, e foi encontrada por um casal cientista. Dayana...