Capítulo 39

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Me deixaram no terraço. Pulei e agachei.

— Até a próxima!

Peguei meu casaco, que por incrível, o vento não o levou. O vesti, e desci para meu quarto. Abri a porta que sempre esteve encostada, apenas. Entrei e olhei para o relógio.

— Ainda são duas horas, sério?

Tranquei a porta e me joguei na cama. O comunicador apitou e apitou.

— Olha quem acordou. - Falei irritada e com a cara no travesseiro.

— DESCULPA! - Gritou. — Eu... Eu... Ok, vamos lá. Já colocou seu uniforme?

— Estou prestes a tirá-lo. Não precisa me orientar, já cumpri a missão. Ah é! - Lembrei. — Me deve uma máscara nova. - Desliguei.

Fiquei com a cara enfiada no travesseiro por um tempo. Até perder o ar, e levantar para respirar.

Peguei uma camisola e fui para o banheiro vestir. Tirei o uniforme devagar, sentada na ponta da banheira para não cair.

Ao trocar, fui para o quarto e liguei a televisão. Peguei o tal Notebook e um copo d'água, no pequeno filtro junto a torneira em cima do frigobar.

Me joguei na cama e peguei o controle da televisão, para ver o que passava de bom. Mudei e mudei, até encontra uma emissora de músicas de suspense. Hahahaha, essa é nova! Adorei.

Enquanto a música tocava, com um pouco de dificuldade ainda, liguei o Notebook e entrei no site de fornecimento ao hóspede, do hotel. Lá, vi tudo que ofereciam ao conforto dos hóspedes, coisas que com certeza, quando fossem avaliar dariam cinco estrelas (Ou não, mas aí provavelmente a pessoa queria ser "do contra").

Peguei o copo d'água e bebi um pouco. Fui descendo com a tecla do mouse e olhando, mas nada que eu precisasse no momento. Fechei e desliguei o Notebook, colocando em cima da escrivaninha. Bebi o resto da água e desliguei a televisão. Coloquei o copo na escrivaninha e me virei para a vista, pretendendo dormir.

Já tinha fechado os olhos e estava apenas esperando o sono chegar. Até um barulho, de algo vibrando. Abri um olho e olhei para a mesa. Logo agora, Ruan? Me levantei e fui pegar o comunicador, andando feito uma desengonçada. Quando cheguei, sentei na cadeira e coloquei na orelha.

— O que deseja?

— Descansou? - Indagou, com uma voz rouca.

— Ainda vou. Enfim, precisa de algo?

— Só vim te avisar que amanhã mesmo, precisa voltar pra cá.

— Mas eu mal aproveitei o lugar, sério isso? - Fechei a mão direita. — Ok, esquece, já estou com saudade de todos mesmo! Quando tenho que estar no aeroporto?

— As oito. Não se atrase! E prepare o coração, sorriso você vai abrir!

— Ah, que bom! Coração já tá pulando. Vou dormir um pouco, tchau!

— Até! - Desligou Ruan.

Tirei da orelha e coloquei na mesa. Apressei meus passos e pulei na cama. Fechei minhas mãos em forma de concha e coloquei a cabeça em cima das mãos. Me virei para o lado esquerdo e fechei os olhos. Bom, agora vai!

***

Senti algo molhado embaixo da minha boca, e escorrendo dela também. Passei a mão na boca e vi que estava num sono tão bom, que chega babei. Me espreguicei e sentei na cama. Olhei para o relógio e vi que era mais de sete e dezessete. Arregalei os olhos impressionada. Me senti uma preguiça.

Estiquei meu braço até o telefone e cliquei em "recepção". Fui atendida, e pedi:

— Olá, sou Dayana Jokley do quarto trinta e sete. Poderiam me trazer uma refeição?

— Claro! Mas faça favor. Entre no site do hotel e faça seu pedido por lá.

— Ah, ok.

— Qualquer dúvida estamos aqui. Boa noite!

Desliguei o telefone. Peguei o Notebook e entrei no site novamente. Fui na opção da página inicial "refeições". Cliquei, e vi o que tinham que me agradaria. Fiz o pedido, — X-bacon e refrigerante de uva. E esperava que trouxessem rápido. Que fome!

IDENTIDADE ZEROWhere stories live. Discover now