Capítulo 31

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— Eu me lembrei... - Fiz uma cara de arrependida.

— Ok, outro dia você me conta.

Balancei a cabeça concordando. Será que ainda demora muito para chegar?

Foram mais de vinte e três minutos de viagem. Com músicas de todos os estilos tocando na rádio, nos poupando de ser totalmente um tédio.

Ruan estacionou em frente a porta do aeroporto. Desci, e ele junto. Peguei minha malas. Olhei para ele e sorri, dei um forte abraço e um beijo no rosto. Acenei sorrindo e entrei no aeroporto. Era muito movimentado e barulhento. Muitas pessoas esperando seu voo, e outras lanchando. Algumas vozes informavam sobre o horário do voo em várias línguas. Por um momento esqueci qual eu utilizava.

Fui para a fila pra falar com o atendente. "É só dizer seu nome normal e de agente, apresentar seu documento." Foi o que fiz.

— Olá, Dayana Jokley, Agente Only.

— Hum.. - Procurou meu nome no computador. — Documento de identidade por favor.

Tirei do bolso e dei para o moço. Ele olhou, pareceu confirmar as informações e me devolveu.

— Ok, vou passar seu nome para a sala de embarque número sete. Seu voo sai daqui a doze minutos.

Fui sentar em um sofá aguardando dar o horário. Não tinha nada para me entreter, então, nada melhor que um lanche.

Andei e andei, com aquelas malas pesadas de arrastar mas achei. Tinha uma pequena lanchonete servindo: Cachorros quentes, fritas, hambúrgueres entre outros simples.

— Em que posso ajudar?

— Quanto custa fritas?

— Pequena custa sete, média quinze e grande vinte e dois.

Misericórdia.

— Me vê uma grande, por favor. E um suco de maracujá, ok?

— Claro, cartão ou dinheiro?

Peguei o valor que apareceu na registradora e dei para ela. Balançou a cabeça e levou o pedido para um moço, depois atendeu outras pessoas. Sentei em uma mesa de canto e esperei com a barriga alegre. FRITAS!

Não demorou quase nada, acredito que uns cinco minutos no máximo. Quando parecera pronto, me olhou e chamou com um sinal.

Larguei minha malas por um momento, mas com aquele medo enorme. É agora que sou roubada. Corri até a lanchonete, peguei meu pote de fritas e meu suco, apertei os olhos e lentamente virei pra trás e olhei.

*Suspiro*

Hoje não, né ladrão?

Sentei na mesa e aproveitei. Parecia ter cem fritas! Aquele pote enorme recheado até a boca. Cada mordida uma cara que atraía olhares estranhos, como se fosse a primeira vez que eu comesse.

"Atenção, chamada para o voo para o Canadá."

Arregalei os olhos, segurei firme meu balde de batatas e o suco, corri até o portão de embarque número sete.

— Coloque suas malas ali, mocinha.

Coloquei minhas malas em uma espécie de esteira rolante?

— Agora, sua passagem.

— Dayana Jokley, agente Only.

— Ah, sim. Assento número doze, primeira classe.

— Terei que deixar a comida aqui?

— Sua passagem permite. Agora passe no detector de metal.

Sabia que minhas malas passariam pelo mesmo processo. Espero que tenha aprofundado muito a arma, e que não achassem. Mas se achassem, colocariam em uso o nome "agente", certeza.

Passei pelo detector, não apitou. O segurança olhou para mim e balançou a cabeça. Fui em direção ao avião, toda feliz por estar comendo e, mais ainda por voar de avião.

Entrei, localizei meu assento e relaxei.

IDENTIDADE ZEROWhere stories live. Discover now