XXXVI

784 108 6
                                    

Absolutamente nada.

Eu sobrevivi a você, não foi? Sobrevivi as tuas malditas palavras mal ditas. Então, você acha mesmo que eu morreria por te ver com alguém? Eu não sou você. Estou feliz, quero que você também seja feliz. Tua atual não é minha inimiga, o teu amigo que deu em cima de mim quando terminamos não é teu inimigo.(Ok, você não sabia disso.) Só queria que você entendesse que a maturidade que te falta eu adquiri com os (d)anos, demora, eu sei. Mas a gente é forçado aprender tanta coisa, né? Até hoje você pensa que a situação do Brasil foi um golpe contra a Dilma. (Risos).
Meu bem, entenda: eu sobrevivi a tragédia ambulante que és. Sobrevivi aos teus desaforos e válvulas de escape de quarta à noite, não era eu, mas não dói mais. Sobrevivi a ligação não retornada, a mensagem visualizada e sem resposta. Sobrevivi as vibrações negativas e olhares sem olhar. Sobrevivi ao amanhecer sem nunca te ter. Sobrevivi a carta escrita e não lida pra ti. Sobrevivi aos poemas e cartões que escrevi. Sobrevivi a tudo calada, porque teu beijo me sufocava. E, nem sempre era de um jeito bom.
Se eu sobrevivi a (tudo) isso, o que é essa guerra que você quer comprar? Nada. Absolutamente nada. Assim como você. Nada.

Transbordo, logo escrevo.Where stories live. Discover now