LXXVI

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De mim

Ela faz poesia porque ninguém pode dizer que ela transborda de forma errônea.
Ela nem sempre é momentânea.
Mas, sabe ser pra sempre.
Ela adora um virote.
Ela gosta de fazer companhia.
Quase sempre do cabelo muda o corte.
Ela adora a sintonia.
A canção.
Mas ela nem sempre fala de música.
Seria um crime não falar o suficiente de tanto sentimento.
Sentimento, ah, como ela sente.
Sente por si.
Sente por ele.
Sente por ela.
Sente por todos.
Sente e sente demais.
Porque ela não sabe ser mínima.
Não sabe ser brisa leve.
Ou é furacão, ou não.
Ou segue, ou não vai.
É a brincadeira do tudo ou nada.
Ela é encantada.
Mas não de forma mágica.
Ela se encanta com a vida.
Com o mundo.
Com o pequeno.
Grande é o coração.
Ela é canceriana.
Adora ficar na cama.
Criar mundos com ou sem fundos.
Ela é ela.
E isso é o suficiente.

Transbordo, logo escrevo.Where stories live. Discover now