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• Nicolly🤯 •

Zl: Finalmente tu acordou em maluca, tu vai pagar a gasolina que eu gastei vindo aqui em.

Nicolly: Pega ali a minha bolsa, vou fazer um cheque pra tu. - Debochei dele que riu e na hora que eu fui ri junto senti meu peito doer.

Zl: A médica disse que é normal tu sentir dor, mas vai passar. É só tu não fazer esforço.

Nicolly: Tu tá bem?

Zl: Eu tô né, só queria saber o que tem na tua cabeça de fazer umas coisas dessa. - Deu um tapa de leve na minha testa.

Nicolly: Sabe o que é, nós mulheres somos mais fortes né, aí eu vi que você ia morrer né entrei na frente, tá vendo como eu tô viva. Se fosse você tu tava morto.

Zl: Engraçado que não foi isso você falou não viu.

Nicolly: Ah e eu falei o que?

Zl: Que gostava de mim, falou até que me amava e que eu fui o melhor que te pegou de jeito.

Nicolly: Eu tava maluca né, eu sei que eu não falei isso. Para de pagar de louco.

Zl: Falou pô, pode perguntar pro menó que veio com a gente.

Nicolly: Para Zl, eu não falei isso não. - Resmunguei olhando pra ele que riu colocando meu cabelo pra trás. - Eu tô dormindo a quantos dias em?

Zl: Dois dias.

Nicolly: Sério? - Ele concordou. - Pelo menos eu regulei meu sono né. - Falei rindo, mas logo parei porque meu peito doeu e e eu fiz uma careta.

Zl: Valeu aí, namoral. - Falou logo após um tempo.

Nicolly: Que isso lek tamo junto. - Falei rindo e fiz toque com ele que riu.

Zl: Tu é maluca das ideia. Onde já se viu fazer isso cara.

Nicolly: Para de reclamar, eu salvei a sua vida.

Zl: Ih ala, eu também salvei a tua tá.

Nicolly: Como assim? - Perguntei curiosa.

Zl: Se afasta aí que eu quero sentar. - Me empurrou pro lado e eu dei um tapa no braço dele.

Nicolly: Me conta tudo.

Zl: Então, eu tenho três paradas pra te falar. Só tenta ficar de boa jaé?

Nicolly: Você tá me assustando menino, manda o papo logo.

Zl: O primeiro é que tu agora tem meu sangue. - Bateu de leve na minha testa.

Nicolly: Eu sou meia lerda então você tem que falar o português completo parça.

Zl: Tu perdeu muito sangue e precisou de uma transfusão, por sorte o meu sangue é compatível com o seu. Então eu doei e tu agora tem meu sangue. Então parceira, eu também salvei a sua vida.

Nicolly: Eu sei que você me ama, pode falar. Mas me fala o resto aí.

Zl: Então, outra parada é que tu tava grávida.

Nicolly: Para de graça Vinicius.

Zl: Tu perdeu. Tava muito recente, uma semana e meia de gravidez. Tu passou estresse, perdeu sangue. Foi muita parada aí tu não conseguiu segurar e perdeu. O filho era meu. - Falou olhando pro nada e eu fechei o olho.

Passei a mão na barriga involuntáriamente e fiquei calada. Eu sempre quis ser mãe, mas não por agora, mas eu perdir um nenem e isso me fez ficar com um aperto tão grande no peito.

Zl: E o teu pai... - Me olhou rápido e desviou o olhar. - Ele, morreu.

Nicolly: Vinicius... Por favor o meu pai não. - Falei com voz de choro e já senti as lágrimas rolarem pelo meu rosto. - O meu pai cara, por mais que ele pode ter feito coisa errada ele é meu pai. Foi o Vh não foi? Foi ele que matou meu pai.

Zl: Eu não sei, na hora que tu caiu no chão eu só peguei você de lá e sai correndo dali.

Só fiquei calada tentando processar tudo que eu tinha acabado de ouvir. Parecia mentira. E a cada vez que eu olhava pro Zl eu me lembrava do Vh. 

Nicolly: Eu quero ficar sozinha! - Pedi olhando pra ele se levantar.

Zl: Só te fala uma parada rápida aqui. - Me olhou e desviei o olhar. - Tu recebe alta depois de amanhã, tem uma moça aí, ela disse que o nome dela é Maria e que tu conhece ela. Ela vai ficar com você, o hospital já tá pago. Só te avisar que eu não vou voltar mais jaé.

Olhei pra ele que ajeitava a blusa e foi abrindo a porta.

Zl: Aquele trato lá, que a gente fez. Eu vou cumprir, tu tá livre Nicolly. Foi mal aí por qualquer parada, seja feliz jaé. Tô partindo aí.

Nicolly: Zl. - Chamei ele que parou. - Obrigada, tudo de bom pra você também.

Ele só balançou a cabeça e fechou a porta saindo dali. Comecei a chorar ali e fiquei olhando pro nada. Um tempo depois a Maria, moça que cuidava de mim desde que eu era criança.

Maria: O minha menina, como você tá? - Me abraçou de lado e eu segurei a mão dela.

Nicolly: O meu pai tia, meu pai. - Chorei mais ainda vendo ela passar a mão no meu cabelo.

Maria: Eu já sei. Mas tenta se acalmar tá bom!

Crime PerfeitoWhere stories live. Discover now