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• Zl🃏•

Tô no ódio pô, papo reto. Pique mc Poze, puto e bolado!

Três dias nesse lugar, três dias. As únicas informações que eu tenho de lá de fora vem do meu advogado. Ele tá tentando recorrer pra eu pelo menos esperar o julgamento fora daqui mas até agora ele não teve nenhuma resposta. Meu ódio aqui nesse lugar só aumenta. Ah mas na hora que eu tromba com o Sérgio fora daqui, ele vai ficar fudido.

- Tão querendo falar com você. - Um dos 'soldados' do Carlos falou abrindo a cela.

Zl: Se não for meu advogado eu nem quero ir. Tô suave aqui.

- Você não tem que escolher nada! Tão querendo falar com você e é agora. - Veio pra pegar no meu braço mas eu me esquivei. Gosto de homem relando a mão em mim não, eu hein.

Ele foi me guiando pelos corredores dali e quando abriu a porta e eu vi quem era já quis logo voltar.

Zl: Sem paciência pra olhar pra sua cara Sérgio.

Sérgio: Pena que aqui você não escolhe nada não é Zl. Coloca as algemas nele por favor. - Falou com o cara que ainda estava do meu lado e eu dei risada.

Zl: Quem tem cu, tem medo né não? - Debochei. - Não se garante na mão e aí quer resolver na justiça. Pau no cu. - Me sentei olhando pra ele.

O cara lá saiu fechando a porta e eu me ajeitei na cadeira encarando ele.

Zl: Veio pra ficar mudo ou pra admirar a minha beleza? Papo reto me cansa não, vão logo.

Sérgio: Você é todo metido ao engraçadinho não é Zl? Se acha o tal. Pena que essa sua marra aí não serviu de nada né, Nicolly soube te enganar direitinho.

Zl: Falando na Nicolly, deu mó saudades dela agora. Como ela tá? - Sorri vendo ele fechar a cara.

Sérgio: Te conhecendo bem, você com certeza acha que eu estou te enganando. Que a Nicolly jamais faria isso com você, mas vamos lá. - Se sentou na minha frente. - Adivinha quem me contou que você assaltou o banco do Brasil no final de janeiro? Você fez quatro viagens para o Paraguai e Bolívia só no mês de junho e em uma delas ainda levou a Nicolly. O que foi ótimo já que ela me disse tudo o que aconteceu lá. Ah... Você tem uma casa em Jurerê e um apartamento na zonal sul e o engraçado é que nenhum deles estão no seu nome, até loja você tem Zl uma oficina de carro não é? - Deu um sorriso falso sem mostrar os dentes.

Sérgio: Tem também a morte da Suellen a mãe do seu falecido filho. A Nicolly me falou o nome, como é mesmo? - Me olhou. - Henrique. Bonito o nome não é? Foi você quem escolheu? - Semicerrei os olhos. - Só acho uma pena ele ter morrido tão novo e de uma forma tão trágica. Mas pra você ver como você é estúpido, nem se quer conseguiu proteger o seu filho! Mas foi até bom, menos um traficante no mundo. Porque com um pai como você, esperar o que do filho né...

Meu coração acelerou, papo reto. Era ódio misturado com uma raiva do caralho por ouvi ele falar assim do meu filho. Por isso que ele pediu pra me algemaram. Tô aqui nessa merda mesmo, estourar a cabeça desse verme não ia ser nada!

Zl: Você acabou de assinar a sua sentença de morte Sérgio. Eu vou acabar contigo e dar o resto pros cachorros comerem, seu verme do caralho!

Sérgio: Opa... me ameaçando Vinicius. Mais um artigo pra sua ficha não é? - Colocou o gravado de voz na mesa.

Zl: Pena que o seu plano não deu certo, queria que eu confessasse e a única coisa que você conseguiu foi ouvir da minha boca que eu vou matar você! Grava pô, pode gravar. Tu vai ser torturado da pior forma e quando tu tiver quase morto eu vou jogar o resto pros cachorros.

Sérgio: A Nicolly nunca se envolveria com alguém como você. Um traficante, marginal, um favelado de merda! Todos os dias ela reclamava porque não aguentava mais ficar do seu lado.

Zl: Sério? Ela nunca demonstrou isso não pô. Principalmente quando eu tava transando com ela. - Sorri falso.

Sérgio: Ela nunca te amou Vinicius, tudo não passou de um plano pra acabar com você, que caiu bonitinho.

Zl: Ou. - Me encostei na porta chamando o cara que me trouxe aqui. - Abre esse caralho aqui! - Me afastei assim que ele veio pra abrir.

Sérgio: O papo tava tão bom Vinicius, ia te falar mais algumas coisas que a Nicolly me falou. Você já vai?

Zl: Tu é tão cuzão que pra falar comigo teve que mandar me algemarem. Tem nem graça de ficar olhando pra você e
não pode estourar sua cabeça nessa mesa. Então eu vou meter o pé pô. - Tentei passar pelo carinha mas ele me barrou com o braço.

- Pode liberar seu Sérgio?

Zl: Tem essa de seu Sérgio aqui não pô, eu quero ir e a sua obrigação é me levar lá? Vamo ou vou ter que ir sozinho? - Encarei ele vendo o Sérgio concordar com a cabeça.

Porra o ódio que eu tô desse cara, caralho eu vou acabar com a vida dele da pior forma possível, e quem vim tentando separar, vai morrer junto!

Crime PerfeitoWhere stories live. Discover now