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Nicolly🧚‍♀️•

O Pedro ficou com a Tainara e o Té se ofereceu de ir buscar a bolsa da Manu e o que eu ia precisar também. 

Zl tava todo atordoado jurando que a Manuela ia nascer ali mesmo, demos entrada na maternidade uma e pouca da manhã, me mandaram para o quarto e a médica veio fazer todos os exames em mim. 

Minha dilatação era de três centímetros, o que indicava que o meu parto iria demorar. E ao contrário de minutos atrás, agora eu estava sentindo uma dor do caralho, era suportável, mas que incomodava, às contratações parecia que nem tinha pausas era uma seguida da outra. E a médica mandou eu andar para ajudar a dilatar mais rápido. E lá estava eu, rodando pelo hospital que nem maluca. 

Parei no corredor passando a mal na minha barriga e respirei fundo sentindo às contrações virem novamente. Eu estava optando por andar e quando as dores viam eu parava e ficava fazendo agachamento, o que estava ajudando bastante à amenizar as dores. 

Nicolly: Eu nunca mais vou transar com você sem camisinha, nunca mais! - Falei tentando controlar minha respiração e o Vinicius riu. 

Zl: Uhum. - Murmurou em ironia e eu voltei a caminhar pelo corredor enorme do hospital. 

Nicolly: Nunca senti tanta dor na minha vida igual eu tô sentindo agora. 

Zl: A médica falou que transar ajuda, mas cê não que, pô. - Falou debochando e apontei dedo do meio enquanto ria. 

Nem pode, até porque minha bolsa já rompeu e ter relações sexuais agora pode causar algum tipo de infecção. E ele ficava falando isso na pura gracinha, o que me fazia rir. 

Nicolly: Seu mal é sono, deita lá e dorme. - Empurrei ele rindo. 

Pelos corredores o que mais tinha era grávidas fazendo o mesmo que eu, tinha uma que estava agachada no chão e chorando, o que me fez agradecer por não estar sentindo o mesmo. Minhas contrações estão doendo mas é uma dor meio que suportável. 

Acho que fiquei por volta de quase duas horas rodando pelo hospital, fui toda feliz fazer o toque achando que à médica ia falar que eu já ia colocar minha filha pra fora, mas ela disse que eu estava com quatro centímetros de dilatação. 

Nicolly: Tô rodando que nem uma vagabunda por esse hospital, pra ela falar que só deu um centímetro de dilatação. Um centímetro! - Gesticulei com as mãos vendo que o Zl ria. - Vai rindo seu retardado, vai rindo. 

Zl: Mas ela te disse que ia demorar, eu ainda falei pra você não criar expectativas, não falei? 

Nicolly: Some de perto de mim Zl, sai! - Falei vendo ele vir me abraçar, desviei mas ele me puxou pra perto me abraçando por trás e beijando meu rosto. 

Zl: Já já a Manuela tá aí caraí, lindona igual o pai. - Revirei os olhos negando. - É mais uma que vai gostar mais de mim do que de você. 

Nicolly: Você tá falando né. - Me separei dele me abaixando no chão de novo. - Que dorzinha filha da puta!  

Té: Jurei que eu chegar aqui e você já ia ter ganhado neném, mó lerdeza em. - Parou do nosso lado na recepção do hospital e eu encarei ele bolada. 

Nicolly: Eu queria ver se fosse um de vocês dois aqui no meu lugar, vai se foder, eu hein! - Falei vendo ele rir. 

Ele ficou ali com a gente por um tempinho mas logo depois foi embora, voltei pro quarto e guardei as bolsas da Manu e a minha ali. 

Nicolly: Eu quero dá! - Falei vendo o Vinicius me olhar rindo. - Posso nem fazer isso, que raiva. - Dei risada. 

Zl: Pois é, mas vamo andar, subi uma escada, fazer aqueles agachamento, sei lá. Só vem. - Me puxou pela mão e eu me levantei rindo. 

Fui pro correndo e respirei fundo, a vontade de chorar é grande mas a gente rir porque se for chorar não para mais! 

Fui pro lado de fora hospital, eu precisava tomar um ar e ficar ali dentro estava me cansando, tentava ignorar as dores mas estava meio que impossível. Eu estava dando risada de tudo como sempre, nem parecia que eu estava em trabalho de parto, mas só eu sabia a dor que eu estava sentindo também. Eu evitava reclamar de dor pro Vinicius porque ele ficava mais nervoso que eu e isso me deixava tensa. 

Cantei um funk que passava no carro do outro lado da rua e fiquei rebolando que nem doida no meio da rua. A médica disse que dançar também ajudaria e como a música que passou é uma das que  eu mais gosto e eu quase nem tenho um fogo no cu né, fiquei rebolando no meio da rua enquanto.

Zl: Vai espetacuda, vai, toda engraçadinha ela! - Dei risada negando. 

Crime PerfeitoWhere stories live. Discover now