3 - A Teoria do Caos Em Prática

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Dahyun chegou em seu apartamento abandonando os sapatos sociais que usou para ir em duas entrevistas diferentes naquele dia

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Dahyun chegou em seu apartamento abandonando os sapatos sociais que usou para ir em duas entrevistas diferentes naquele dia. A primeira era para cuidar de um senhor idoso rabugento demais onde nem mesmo os filhos gostariam de estar por perto em seus últimos dias. Casos como aqueles realmente não eram difíceis para Kim ver, e no fundo, embora na maior parte das vezes a pessoa quem ela iria cuidar fosse um tanto complicada, Dahyun também sabia que era desagradável para eles ver todos aqueles que amava indo embora sem ao menos olhar para trás.

Já a segunda entrevista do dia havia sido com um casal que possuía lindas gêmeas. Duas menininhas que eram bastante parecidas com as mães em seus jeitos animados, no entanto, embora fossem ótimas crianças, a maioria rejeitava o trabalho de cuidar de Kaori e Saori por uma delas ter síndrome de down. Aquilo também não era tão difícil de se ver por aí, ainda haviam muitas pessoas preconceituosas por perto.

O dia certamente foi cansativo para Dahyun, e para falar a verdade, por mais que tivesse se interessado pelas pessoas que possivelmente tomaria conta a partir de agora, nenhum caso chamou tanto a sua atenção como o de Hirai Momo.

Já faziam dois dias desde que foi entrevistada por Sharon e Jeongyeon, e até agora não havia obtido nenhum tipo de retorno. Por mais que quisesse conhecer mais sobre o caso Hirai, Dahyun também precisava pagar suas contas e claro, conseguir o dinheiro necessário para seu tão sonhado violão Gibson onde se daria até mesmo o mimo de comprar uma correia nova da marca e seu maior vício, as maravilhosas palhetas que também seriam Gibson.

Já fazia algum tempo que Dahyun queria trocar seu Fender velhinho quase caindo aos pedaços que tinha desde a época da faculdade. Não tinha nada contra aquela marca, apenas queria um upgrade em sua vida como musicista que tocava para si mesma como válvula de escape. Justamente por esta preciosa razão, Kim foi obrigada a continuar procurando por um emprego ignorando o interesse pessoal em Momo, afinal, além de sua missão interna em conseguir ser a nova Garota-Gibson, tinha também uma família para sustentar.

— Chou Tzuyu, eu juro por todas as criações de Stan Lee que eu vou te matar! — Dahyun deu um saltinho de susto assim que ouviu a voz escandalosa que era característica de quem era amiga há tanto tempo. Kim respirou fundo, fechou os olhos e contou três segundos. Ao mesmo instante ouviu o som de algo sendo arremessado para longe e depois resmungos de Tzuyu.

— Dahyun! — Tzuyu gritou ao correr pelo corredor do lugar. Os cabelos estavam desgrenhados conforme corria. Parecia em desespero, mas sorria. — Dahyun, me salve rápido! Nayeon quer fazer picadinho taiwanês de Tzuyu!

Foi naquele instante que a garota de um metro e setenta e dois se escondeu atrás de Dahyun como um perfeito e pequeno bebê, coisa que de nenhuma das duas formas era. Já Nayeon surgiu pelo corredor com o rosto contorcido em fúria, e a camiseta preta na mão era sua terrível arma de guerra.

— Kim, é melhor você sair da frente dessa pirralha se quiser viver. — dizia Lim quase que ofegante.

Dahyun poderia ignorar aquelas pessoas. Poderia de verdade apenas seguir para o banheiro para seu relaxante banho quentinho, já que depois de anos dividindo apartamento com Nayeon e Tzuyu, estava com certeza acostumada com todas as brigas que se envolviam diariamente.

O Mundinho de Momo • DahMo Where stories live. Discover now