Hirai Momo é uma mulher que atualmente está passando pela terapia de Regressão de Idade. Enquanto enfrenta o seu trauma vivenciando outra vez sua infância, Hirai conhece Kim Dahyun, a cuidadora que irá entrar em seu mundinho e talvez causar um novo...
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Dahyun passou os próximos quarenta minutos distraída com o grupo no aplicativo de mensagens que continha Tzuyu e Nayeon. Como era de se esperar, estavam reagindo a uma música triste que Tzuyu havia mandado com inúmeras figurinhas de gatinhos chorando. Dahyun poderia revirar os olhos e mandar com que se aquietassem, porém o celular acabou travando com a enorme quantia de mensagens desesperadas.
Mas claro, nada que já não estivesse acostumada.
Aquele avalanche de mensagens não foi de todo ruim, afinal, assim que deixou o aparelho completamente congelado de lado, viu a porta do consultório de Jihyo ser aberta. De lá uma Momo com olhos inchados e um biquinho nos lábios saiu e caminhou como em modo completamente automático direto para o colo de Dahyun, onde se aninhou.
— Ei Hirai-ya. Saturno está bem? — Kim procurou saber enquanto checava Hirai por completo buscando alguma evidência do que poderia estar lhe fazendo algum mal. Momo balançou a cabeça dizendo que estava bem, porém o biquinho permanecia em sua boca. O coração de Dahyun ficou em milhares de pedacinhos pela forma que as bochechas estavam em um tom tão forte de vermelho.
Era simples e óbvio: Momo havia chorado, havia chorado muito.
— Posso ter a peta agora? — Momo murmurou tão baixinho que Dahyun quase não pôde ouvir.
— Que tal em casa, hm? A gente chega, e enquanto você fica com a sua peta assistindo desenho, eu faço a pipoca doce que prometi a você. — Dahyun tentava barganhar com Momo enquanto acariciava com todo cuidado do mundo a franjinha da mulher. O bico ainda estava presente em seu rosto, e assim permaneceu quando Jihyo saiu do consultório segurando alguns papéis em mãos.
— Momo-ya, está manhosinha? — Jihyo teve o coração quase que derretido assim que viu como ela estava como um verdadeiro bebê irritado. — Vai me emprestar sua Dah por um momento conforme combinamos lá dentro?
— Jihyo-ah...
— Dois minutinhos é tudo o que eu preciso, prometo. — Jihyo falava em um tom suave para tentar amolecer o coração de Momo. — Vamos lá, apenas dois minutos para Marte.
Com a menção do planeta, não havia uma forma como Momo poderia contestar. Ela relutou um pouquinho, mas mesmo assim se levantou do colo de Dahyun sentando-se em seguida na cadeira ao lado se encolhendo ali para esperar.
Dahyun não pôde resistir. Enquanto iria falar com Jihyo, pegou em sua bolsa a caixinha onde estava a chupeta rosa do desenho favorito de Momo. Quando a ofereceu para Hirai, esperava ver aquele lindo sorrisinho que ela dava quando estava animada para algo, porém ao contrário disso, Momo somente recolheu a chupeta e colocou na boca como se encontrasse algum tipo de conforto naquele objeto.
Claro, Kim não poderia saber o que significava para ela. Ainda não poderia ter ideia do tamanho do significado de cada uma daquelas ações.
Portanto, observando que Paco havia ficado de olho em sua Hirai, seguiu Jihyo para dentro do consultório onde a mulher fechou a porta assim que Kim passou por ela.
