Hirai Momo é uma mulher que atualmente está passando pela terapia de Regressão de Idade. Enquanto enfrenta o seu trauma vivenciando outra vez sua infância, Hirai conhece Kim Dahyun, a cuidadora que irá entrar em seu mundinho e talvez causar um novo...
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#LUNESDAHMO
— Agora quero os detalhes! Conta quantas vezes.
Momo revirou os olhos e Sana grunhiu de nervoso com as perguntas animadas da irmã mais nova. Era uma novidade ver Mina tão animada assim, com os olhinhos saltados e aquele seu jeito estar em uma manhã de natal, e o fato de que Momo teve sua primeira noite com alguém, depois do acidente, fosse o presente da caixa grande.
As três estavam no restaurante do hotel em que duas, das três Hirai, estavam hospedadas. Várias mesas estavam distribuídas pelo restaurante do lugar, que pelo horário estava distribuída de pessoas com seus diversos tipos de café da manhã.
Momo chegou por lá bem cedinho, deixando Dahyun dormindo em sua cama para logo se encontrar com Mina e com Sana, que também cedo, saíram se encontrar por lá mesmo. Felizmente o hotel não ficava tão longe do prédio de Hirai, então foi uma caminhada agradável, como as que costumava fazer no passado. Sempre usou disso para colocar suas ideias no lugar, e Momo sabia que as irmãs também precisavam de um tempo para pensar sobre suas vidas.
Aquele meio que foi um combinado silencioso entre elas. Algo compartilhado, sem que precisassem colocar em palavras: estavam nervosas.
Era a primeira vez que estavam em casa, em sua verdadeira casa. Ruas por quais percorreram quando eram crianças, lojas que fizeram suas primeiras compras, o seu passado encontrava com o futuro, o presente era apenas uma mentira enquanto estivessem ali. Era assustador saber que se encontrariam com os patriarcas Hirai.
Haviam tios por aí também. Um dos primos delas morava no centro de Kyoto, poderiam até cruzar com ele pela rua em um momento ou outro. A bagunça de seus sentimentos era tanta que levantaram antes do horário normal e foram ao encontro das únicas pessoas que poderiam entender o que estavam sentindo.
E é claro que aquilo resultou em Momo contando sobre a noite passada.
— Mina, não importa esses detalhes, o que importa é que Momo está feliz e confiando em si mesma pra retomar essa parte da vida dela. — Sana misturava o ovo de gema mole dentro do soba que pediu. — Vamos Momo, conte como se sentiu, isso é o que verdadeiramente precisamos falar.
— Foi ótimo, Dahyun é tão... incrível. — ela suspirou, lembrando-se dos toques, das palavras. Acabou sorrindo. — Eu acho que a amo.
— Você acha? — Sana deu uma risada incrédula.
— Yah, parem com essas baboseiras de sentimentos. Dahyun é boa de cama, Momo? — Mina outra vez perguntou eufórica. — Quem de vocês foi ativa? Essa é uma pergunta importante.
— Isto é mesmo necessário? — Sana fez careta. Mina jogaria nela umas uvas, mas focou na outra irmã.
— É necessário. Você só não passou por esse questionário porque é assexual. Nossa, que sorte, sabe? Jeongyeon sempre acorda manhosa e o único jeito de curar vocês sabem como é. Um trabalhão todos os dias.
