44 - Força Elástica

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#LUNESDAHMO

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#LUNESDAHMO

Momo estava deitada com a cabeça no colo de Dahyun ganhando dela um carinho gostoso nos cabelos. Elas estavam cobertas pelo edredom de Kim, tinha o cheirinho dela, um perfume docinho, que poderia quase se igualar ao aroma de chocolate. Acima delas não havia nada além do céu estrelado.

— Não é que eu não confie em Sana. Só fico preocupada, Tutu é alguém muito importante pra mim. — ela explicava entre suspiros e fadigas. Aquele era o tipo de conversa que usualmente Dahyun tinha com Junmyeon. — E Sana é difícil, eu já vi ela te machucar certa vez. Você não deve se lembrar do dia do jantar na casa da sua irmã.

— É claro que eu me lembro. — Momo falou. — Me lembro de tudo. Sei como minha irmã é difícil, mas também conheço o melhor lado dela. E o melhor lado de Sana é este que ela está entregando para a sua prima. Confie em mim, ela não se entregaria do jeito que está se entregando se não amasse Tzuyu.

— As vezes amor não é o suficiente. — Dahyun sussurrou, então atraiu um olhar casual de Momo.

— Por deus, quem machucou seu coração assim?

— Ninguém. — Dahyun rolou os olhos. — Só sou preocupada, tá bom? Tanto com Tzuyu como com Junmyeon. Mas vou dar esse voto de confiança já que você me diz pra acreditar nela.

— Muito obrigada. — Momo olhou para cima, captando um sorrisinho de Dahyun. E acima de Dahyun, havia aquele mar de estrelas mortas há tantos anos que ninguém sabia dizer o quanto. — Você já se perguntou se as estrelas podem ver o nosso futuro?

— O quê? — disse em uma risada. Era engraçado como ela ficava com uma pulguinha atrás da orelha quando o assunto era entender o universo que existia através dos olhos de Hirai.

— Bom, as estrelas que estamos vendo agora explodiram em uma questão de milhares de anos. Demorou todo esse tempo para que, aqui na Terra, pudéssemos ver o brilho de sua morte chegar. — Momo desviou o olhar do céu para Dahyun, que ainda estava lá contemplando a imensidão escura e densa que estava sob suas cabeças. — Se nós podemos ver o passado delas, que morreram há tantos anos mas continuam brilhando para nós, será que em algum momento elas viram o futuro? Puderam ver como nossas vidas iriam se cruzar, como nosso dia seria cansativo com os pestinhas Yoo mas que depois ainda viríamos para cá? Gosto de pensar sobre isso.

— Sua mente é genial. — Dahyun disse. — Acho que é mais que um universo que cabe aí dentro, você é admirável.

Momo assentiu. Ela se levantou juntando-se em Dahyun em um abraço. O cobertor ainda pendia pelas duas.

— Você não me respondeu uma coisa naquele dia.

— Como?

Dahyun se permitiu ficar daquele jeitinho com Momo. Aceitou o calor dela, que era abafado pelo cobertor e se tornava uma ondinha gostosa. Aceitou Momo, que mesmo depois de tanto tempo e espaço, parecia que sempre esteve com ela. Todos os dias, todos os momentos, Dahyun não sentia que ficou longe de Momo.

O Mundinho de Momo • DahMo Onde histórias criam vida. Descubra agora