Hirai Momo é uma mulher que atualmente está passando pela terapia de Regressão de Idade. Enquanto enfrenta o seu trauma vivenciando outra vez sua infância, Hirai conhece Kim Dahyun, a cuidadora que irá entrar em seu mundinho e talvez causar um novo...
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#LUNESDAHMO
— O que eu estou dizendo é que você está sendo paranóico, homem!
Dahyun quase esbravejou enquanto Junmyeon dava praticamente a mínima. Ele pareceu esquecer que estavam em uma chamada de vídeo, já que rolou os olhos sendo a pessoa mais entediada do mundo inteiro. Kim se sentiu realmente feliz por não estar em casa com ele agora, porque se não iria jogar algo naquele homem e aí seria um auê.
— Se você tivesse visto o filme eu tenho certeza que iria concordar comigo. — sem dar ouvidos a Kim Dahyun, Junmyeon continuou o discurso. Na tela do computador ele aparecia com o cabelo bagunçado, aquelas mechas que nem poderiam ser consideradas rosa mais e uma cara de indignação. — Foi terrível, juro pra você! Não sei por que Chaeyoung colocou pra assistirmos. Será que foi, tipo, uma mensagem subliminar?
— Acho que ela escolheu qualquer filme pra ter uma desculpa pra ir pro quarto ficar com você, mas você não pegou essa referência. — Dahyun brigou de volta, sabendo que Junmyeon estava assistindo parte da sala de Momo pela tela dele, e com certeza reparando também. — Você é um idiota, era só um filme, sabia?
— Você disse o mesmo sobre a Marvel uma vez, continuo magoado sobre isso, aliás.
Dahyun revirou os olhos, estava prestes a desligar a chamada de vídeo na cara de Junmyeon até que ouviu o clique da porta. Demorou poucos segundos até que Momo passasse por ela entre um casaco molhado, os cabelos estavam presos mas também pareciam umidos. Seus olhares se encontraram, sorriram uma para outra, então a Hirai caminhou para a sala de estar depois de colocar os tênis por algum canto e se livrar do casaco. No momento em que ficou pertinho de Dahyun, não hesitou em deixar um selinho na boca dela.
— Ei, bebê. — Dahyun sussurrou.
— Mas o que é isso!? — Junmyeon gritou. — Eu ainda estou aqui, melosas! Engraçado, não é, Kim Dahyun, você vai para o Japão e aí pode fazer o que quiser. Mina já me contou tudinho.
Momo riu alto daquele homem, então sentou ao lado dela para também entrar na conversa.
— Júpiter! Estava com saudades.
— Não venha com essa de Júpiter. — falou emburrado e também, cruzando seus braços. — Yah, por que você consegue ser adorável? Queria poder te ameaçar mas é como se meu corpo virasse meu rival e tudo que eu consiga fazer é proteger você. Você fez alguma simpatia pras pessoas, Morin?
— Eu apenas sou adorável, Júpiter, e não há nada que possa mudar isso. Não é, Hyun? — ela se virou para a mulher, e outra vez a beijou. A forma como Dahyun se derreteu no beijo era o suficiente para comprovar e validar o que quer que Hirai tivesse dito.
E com isso, havia um acordo silencioso para Dahyun e Momo que já não seriam Urano e Saturno mais. Isto porque Dahyun não queria que Momo voltasse a ser uma pessoa presa à melancolia, conforme Saturno significava; e Momo não queria que Dahyun fosse uma desconhecida, como o Caos de Urano. Mas Junmyeon continuaria sendo Júpiter, para sempre seria o homem mais forte da família — mesmo que na maior parte do tempo fosse medroso como um franguinho.
