55 - Café Para Bocós

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#LUNESDAHMO

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#LUNESDAHMO

— E essa foi a última caixa! — foi o que um Junmyeon quase gritou ao soltar a caixa de papelão no chão liso.

Ele poderia se jogar ali também de tão cansado que estava. O combo contava com um Lim suado e com as mechinhas de seu cabelo, agora loiro, coladas pela testa numa verdadeira bagunça. A bagunça contava com aquele peitoral malhado que ele nem em anos deixaria de expôr.

As cicatrizes da mastectomia estavam bem camufladas na pele dele, mas de certa forma, Junmyeon se orgulhava de tê-las ali. Era uma parte dele que gostava, como um lembrete de toda a estrada que percorreu até chegar ali, no limite em que estava.

— Vocês não acham que estão sendo um pouquinho femistas? — ele franziu o cenho naquela careta que dizia que aquilo era um completo absurdo. — A sorte de vocês é que meu pai está viajando, mas isso continua sendo abuso de incapaz.

— Junmyeon-ah, você é um homem velho o suficiente pra não ser incapaz mais. Tem até barba. — Dahyun revidou.

— Chaeyoung não concorda, ainda sou o Ursinho dela.

— Como se isso mudasse o fato de você ser um idoso. Um avô. — Tzuyu chegou na cozinha colocando uma caixa menor sobre o balcão. — Avô brega. — ela deu uma risadinha.

Junmyeon semicerrou os olhos na direção de Tzuyu como se pudesse voar no pescoço dela. Bom, ele não podia fazer aquilo, uma parte porque Tzuyu, mesmo depois de tantos anos, ainda era o seu bebezinho. A segunda parte era porque havia três semanas que ela havia se tornado parte de um casamento que envolvia Park Jihyo. Jihyo era maluca, era um milagre ela ainda exercer a profissão dela.

Derrotado, então, Junmyeon se deitou exausto, ali mesmo, no chão da cozinha. Tzuyu revirou os olhos também, e Dahyun servia um copo de água em dúvida se dava para seu amigo beber ou jogava na cara dele e de Tzuyu por aqueles dois serem tão idiotas.

— Todo esse drama por carregar umas caixinhas, Junmy? — Dahyun questionou.

— Caixinhas? Minha filha, eu subi com a geladeira!

— De elevador. — ela sorriu como se estivesse com pena de seu querido Junmyeon. — Mas não nos chame de femistas, você é homem, Junmyeon. É meio óbvio que iríamos usar você pra carregar a casa inteira nas costas. — Dahyun falou, decidindo dar o copo na mão dele. — E qual é, desde a mastectomia, por que somos obrigadas a ficar vendo seus peitinhos, Junmy? Você exala energia de homem hétero.

— Sim, daqueles de baladas. — Tzuyu concordou enquanto dava algum jeito de prender o cabelo. Bela hora para estar com eles tão curtos que mal conseguia enrolar em um coque.

— Bom, meninas — Junmyeon abriu aquele belo sorriso que ele tinha, convicto e de dentinhos de coelho. Levantou as sobrancelhas, porque o que aquele homem sabia de melhor era ser um cafajeste. Ele flexionou os braços fazendo seus músculos como ondinhas. — Eu não tenho culpa se sou um perfeito gostoso. Seria um desperdício ficar escondendo esse tanquinho justamente no dia da mudança da Tzuyu, não acham?

O Mundinho de Momo • DahMo Onde histórias criam vida. Descubra agora