30 - Junmyeon e Chaeyoung

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#LUNESDAHMO

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#LUNESDAHMO

Quem poderia dizer que não existe razão pras coisas feitas pelo coração. Não, não existia uma razão.

Junmyeon se lembrava que no exato dia em que conheceu Chaeyoung, abriu os olhos pela manhã, mas não quis se levantar. Ouvia Dahyun e Tzuyu pela casa, olhou o relógio e percebeu o horário. Ele ia mesmo se ferrar. Rolou para o outro lado do cama e continuou o seu sono, suas inquirições e uma vida de segredos.

Enquanto isso Chaeyoung, no outro canto da cidade, tomava conhaque no café da manhã. Queria fazer uma tatuagem nova, e tinha um projeto para um quadro em aberto. Álcool a acalmava, a agulha da tatuagem também a deixava em um estado um pouquinho mais inerte.

E sem que pudessem perceber o efeito borboleta em ação, seus destinos se cruzaram. Junmyeon poderia ter se levantado no horário, Chaeyoung poderia estar tomando café como uma pessoa normal. Eles poderiam estar fazendo qualquer mínima coisa, porém a borboleta bateu as asas, e as ações se desencadearam porque Murphy falou: Tudo aconteceria porque deveria acontecer.

Chaeyoung havia postado uma arte em seu Twitter naquele dia. Café bebendo café, porque era a tatuagem que ela queria fazer. Não achou que alguém entenderia o conceito daquela ilustração, até que a notificação de um cara que passou metade do dia dormindo ignorando sua vida adulta chegou no celular. Um simples elogio que se transformou em uma conversa e se tornou uma amizade e que agora era como uma galáxia de sentimentos.

— Reserva de Lim Junmyeon, por favor. — ao chegar na recepção do restaurante, falou todo cordial. Sabia que a voz ainda era aguda demais, mas também sabia que ninguém tinha nada a ver com aquilo. O recepcionista pareceu nem ligar. 

— Preciso da sua identidade.

Junmyeon sabia que ia precisar da identidade, havia sido um pré-requisito na hora de fazer as reservas. Mas ele esqueceu meio que propositalmente. Ainda não havia retificado os documentos, então não tinha muito o que fazer por enquanto além de colocar um sorriso quadrado nos lábios e fazer o que sabia de melhor: ser sonso.

— Poxa vida, eu esqueci mesmo da identidade, acho que não fui informado que ia precisar, caramba. — a careta veio naturalmente quando ele começou a dizer. Era um verdadeiro ator, soube fingir à vida inteira ser o que não era, afinal. — Vou ter mesmo a minha reserva cancelada se não tiver o documento? Sei meus registros de cabeça então se quiser checar no sistema de vocês eu aposto que meu nome vai estar aí. Com certeza está já que meu pai sempre faz uns jantares de negócios aqui, sabe como é né?

O recepcionista tinha um cabelinho meio emo. Os olhos relaxados e postura desgrenhada. Ele realmente conseguia gritar de forma não-verbal que estava completamente nem aí.

— É, pode ser, cara.

Junmyeon deu um risinho interno. Era um cara. Tá certo que o garoto que cuidava das reservas devia ser um estagiário que nem estava ganhando para trabalhar naquela noite. Mas quem se importava? Junmyeon era o cara.

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