42 - A Gente

2.4K 337 173
                                    

#LUNESDAHMO

Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.

#LUNESDAHMO

— Hey, Tutu. — Dahyun imediatamente apoiou ambas as mãos nas bochechas de Tzuyu, preocupada com ela.

Já era quase noite, o sol estava se pondo aos pouquinhos enquanto a Terra dava um até logo para o astro caloroso. Com o avanço das horas, Junmyeon e Dahyun ficavam cada vez mais preocupados, até que ouviram a campainha do apartamento soar. Ambos foram desesperados até a porta, onde receberam Tzuyu em seus pijamas, uma jaqueta jeans jogada pelo corpo e uma sacolinha com balas e pirulitos. Momo foi quem deu para ela, dizendo que os docinhos iriam colocar os parafusos de sua cabeça no lugar.

— Meus pais estão aqui ainda? — ela perguntou temerosa. Nem mesmo tinha força de encarar seus amigos nos olhos. Junmyeon negou com a cabeça, e Dahyun completou.

— Foram pra casa dos meus pais, disseram que amanhã cedo voltariam para entender tudo melhor. A viagem deles vai ser daqui a dois dias, eles esperavam passar algum tempo com a gente.

Tzuyu não conseguiu reprimir um biquinho. Lágrimas vieram aos seus olhos, então ela se debulhou ao abraçar as pessoas mais importantes de sua vida. O choro era vívido, um desabafo que há muito tempo ela engolia com medo de preocupar as pessoas que amava.

Me desculpem — ela sussurrou tão baixo que quase não era audível. — Me desculpem por ser uma bagunça tão grande.

— Ei, pitiquinha, a gente ama você. — Junmyeon apertou Tzuyu um pouquinho mais firme em seu abraço. Logo em seguida, quando ela se afastou enxugando sua ansiedade em formato líquido, se viu com seus dois melhores amigos olhando bem para seu rosto.

— Tutu, você não é bagunça alguma. Está tudo bem, eu e o Junmy estamos aqui por você.

Enquanto o rapaz assentia, tomou Tzuyu pela mão e foi com ela até o sofá da sala. Ela tirou a jaqueta de Momo, já não estava mais no clima geladinho lá de fora. Agora estava no acolhimento morno de sua casa, e tinha Dahyun e também Junmyeon para lhe aquecer desde o coração até a alma.

— Vocês tiveram que seguir sozinhos. É tão difícil. Dahyun quis buscar a independência dela e você, Junmy, você passou por lutas enormes, até mesmo contra nós. E eu tenho vocês pra me proteger, mas não me parece justo. — Tzuyu soluçou outra vez em choro. Os pensamentos que durante o dia inteiro ela tentou colocar em ordem, pareciam desordeiros de novo. — Mas eu não consigo fazer aquele curso na faculdade, e eu sei que eles não vão entender. Ao mesmo tempo eu não posso esperar que as meninas entendam toda essa palhaçada que fiz elas passarem hoje cedo. Jihyo me apresentou para a abuela dela com todo orgulho do mundo, e Sana fez o mesmo com a família dela. Como não sou capaz de fazer o mesmo? Eu fugi como uma idiota.

— Porque cada pessoa tem seu tempo, meu amor. — Junmyeon calmamente acariciou a bochecha de Tzuyu, que ficava vermelha conforme ela chorava. — Eu sei como é a sensação de sufocamento, de pensar que tudo que você conhece irá desmoronar quando você der o seu passo definitivo. Mas sabe, nem sempre o desmoronamento é algo ruim. Chaeyoung me ensinou algo interessante, sabe, ela joga tarô.

O Mundinho de Momo • DahMo Where stories live. Discover now