28 - Acrobacias O Tempo Inteiro

2.3K 400 415
                                    

— Alguém pode dizer para a Tzuyu que eu não estou falando com ela?

Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.

— Alguém pode dizer para a Tzuyu que eu não estou falando com ela?

A fala de Hwangwon fez gargalhadas escandalosas ecoarem por todo o apartamento. Até mesmo a pequena Tzuyu, que estava sentada no chão da sala bem pertinho dele, começou a rir ficando com as bochechas adoravelmente rosadas de vergonha.

Dahyun estava esparramada no sofá oposto ao que Lim Hwangwon fazia de cama naquele dia fresquinho em que decidiu visitar o filho e as belas garotas a quem Junmyeon dividia o aluguel. Ele havia trago bolinhos de carne, alguns refrigerantes e bastante chocolate, pelo jeito ficaria pelo resto do dia em uma bolha que dividia com Junmyeon.

Ambos gostavam de motos. Na adolescência rebelde, Junmyeon sempre estava lá roubando uma das motos do pai para dar passeios proibidos por aí, fumar uns cigarros e fingir que ele vivia uma vida perfeita sendo aquela pessoa que supostamente deveria ser. Ficava horas no alto de uma colina olhando para o nada e pensando o que havia de errado com ele.

O que havia de errado é que ele sempre esteve certo.

Tio Hwannie — Tzuyu, como um gatinho, murmurou manhosa se achegando para perto do Lim. Desde que conheceu aquele senhor de cabelos grisalhos, Chou havia se tornado parte dos Lim. Hwangwon era praticamente como um pai completamente bobo por ela. — Você não pode me culpar por não ter ido para a ceia, vai. Eu não tive culpa que o gato da minha amiga morreu no dia do Natal e ela estivesse inconsolável. Foi um banho de lágrimas, ainda bem que eu consegui chegar a tempo pra pelo menos acalmar ela.

Aquela era uma mentira horrível, ainda mais se pensasse que gato em questão, Astaroth, morreu em sua historinha fictícia. Não se sabia quem iria chorar mais, Jihyo, Sana ou a própria Chou. Mas ao menos a história trágica evitava perguntas que não queria responder agora e nem por um longo espaço de tempo.

Seria interessante ver a reação da família quando contasse sobre aquilo. Por deus, seria terrível ver a reação. Era melhor continuar do jeito que estava, amando duas mulheres quando diz por aí que uns gatos fecharam o paletó de madeira.

— Também não gostei muito dessa ideia de passarmos o Natal separados. — Junmyeon interveio, ainda revoltado da vida. — Poderia ter chamado sua amiga pra ficar com a gente na casa do pai.

— Mesmo, senhores bebi demais e acordei com o sol fritando a minha cara? — disse, fazendo referência às queimaduras de sol que ainda estavam pela pele de Dahyun e Junmyeon. Pior que aquilo, ficaram com ressaca o dia inteiro, e ainda teve o incidente.

Depois que contaram para Tzuyu sobre como acidentalmente Junmyeon convidou certa pessoa para um encontro, não se podia mais falar naquilo. Era certo que se mencionasse o passeio, Lim teria um ataque de pelanca ou se mudaria para bem longe. Uma gruta isolada do mundo inteiro no Japão onde passaria o resto de sua vida até que se tornasse uma múmia.

— Puxa essa criança é mesmo afiada. — Hwangwon gargalhava junto com Tzuyu. Era o parceiro dela, afinal. Adoravam implicar juntos com qualquer pessoa que cruzasse seus caminhos. Uma saída com aqueles dois era pedir pra passar vergonha. — Mas sabe, meninas, essa criança aqui também me odeia. Tenho essa certeza, por isso nao passou a ceia em família como sempre fazemos.

O Mundinho de Momo • DahMo Where stories live. Discover now