Hirai Momo é uma mulher que atualmente está passando pela terapia de Regressão de Idade. Enquanto enfrenta o seu trauma vivenciando outra vez sua infância, Hirai conhece Kim Dahyun, a cuidadora que irá entrar em seu mundinho e talvez causar um novo...
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#LUNESDAHMO
A tarde que Dahyun esperava ter tomou uma enorme resignificação quando se encontrou com aqueles dois plantinhas inquietos. Sim, eles eram a pura força do movimento, se é que isso existisse, segundo Dahyun. Os gêmeos seguiam desconfiados, Dahyun até mesmo recebeu um olhar do tipo que fizesse refletir todas as coisas que fez de errado em sua vida. Se uma criança te encarando assim já poderia ser ruim, gêmeos eram ainda piores.
Haneul, a gêmea mais velha qual ouviu falar diversas vezes, já sabia formular algumas frases com os lindos errinhos infantis que Dahyun admitia ser a coisa mais fofa do mundo. Tinha o cabelo na altura de seus ombros, e a franjinha a fazia lembrar Mina. Ela estava em um vestidinho amarelo com florzinhas, mas conforme brincava, diversas manchinhas vinham surgindo. Algumas de grama, outras de terra e assim por diante.
Yeonjun, o mais novo da família Yoo, estava sentado de frente á irmã brincando com ela. Era no mínimo intrigante que eles não precisassem de palavras para se comunicar durante a brincadeira, apenas riam e falavam coisas que apenas os dois entendiam.
O garotinho também estava em roupas amarelas, mas menos sujo do que Haneul.
— Desculpa, desculpa mesmo. — Momo suspirou ao estender uma toalha de rosto no ombro. Não tirava os olhos dos sobrinhos, mas se permitiu recostar naquela árvore por um momento ao menos pra recuperar o fôlego. — Sei que eu te convidei sabe, para aquela coisa que começa com En e termina com Contro. Só que a culpa não é minha, é do Junmyeon. Ele chamou Jeongyeon e Mina pra ver futebol na casa de Chaeyoung de última hora, e aí já viu. Sobrou pra tia favorita cuidar desses dois grudinhos.
Os grudinhos em questão pareciam em seu próprio mundo, se sujando o bastante para fazer Momo ouvir poucas e boas de Mina mais tarde quando os levasse de volta.
— Por isso o Junmy saiu todo furtivo de casa. — ela constatou pensando em como tudo fazia sentido agora. Era quase raro um encontro com Chaeyoung que aquele homem não ficasse com os nervos a flor da pele perturbando Dahyun para saber qual roupa ficava melhor nele. Não era como se no final, Junmyeon saísse dizendo que ficava bem de qualquer jeito. — Acho que por isso sua irmã estava me olhando daquele jeito antes de eu sair. Momo, ela me olhava como se estivesse, sei lá, no meu enterro. Tenho medo dela.
Momo deu uma gargalhada genuína, e somente aquela risada fez Dahyun mergulhar em seu brilho. Sim, Momo tinha um brilho próprio.
— Amo essa rixa que vocês têm. Não me leve a mal.
— Já estou levando. — disse Kim em um tom brincalhão.
— Mas acho fofo, tipo, você deve ela algo, que é o fato de estar aqui comigo. E ela te deve algo, que é o fato de namorar sua prima. Não é incrível como as coisas com Sana se encaixam assim?
