26 - A Coisa Sem Nome

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Nervosismo corria pelas veias de Tzuyu naquela noite

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Nervosismo corria pelas veias de Tzuyu naquela noite. Adrenalina também, afinal, havia mentido o seu destino para Junmyeon e Dahyun, e agora estava lá, de frente à porta de madeira clara que guardava as pessoas por quem seu coraçãozinho batia mais forte.

Na mão esquerda, Tzuyu equilibrava uma caixinha de suco de soja que ela gostava em sabor uva. Na direita, a bolsinha térmica abrigava os bolinhos taiwaneses que com todo carinho do mundo preparou para a ceia de Natal.

Com um tantinho de dificuldade — não só pelas mãos, mas também por ansiedade em vê-las —, Tzuyu tocou a campainha do apartamento. Pôde ouvir o soar lá de dentro, passos também vieram, e embora tenha feito todo um percurso planejado em sua cabeça, nada poderia preparar Tzuyu para aquele momento.

Jihyo usava um suéter verde de Natal. Apenas o suéter, e calcinha boxer. Cabelos adoravelmente vermelhos espelhos pelos ombros, bagunçados como se ela soubesse que ficava linda com as mechas livres como um leãozinho. Tzuyu ficou encantada alí mesmo, não sabia o que fazer. Dois segundos de silêncio a fizeram corar, porém ser puxada por Jihyo pela cintura, aí sim Tzuyu quase foi para o beleléu.

— Você deve estar morrendo de frio, pequena. — Jihyo tomava da mão de Chou tudo o que ela havia trago. Meio sem jeito, Tzuyu deixou a mochila pelo hall de entrada também. — Sana trouxe suéter de Natal pra você também, e acho que ela vai ficar muito brava se você não usar. Mesmo que aqui esteja quentinho por causa do aquecedor. — a última parte saiu em um sussurro. Tzuyu riu daquilo, lá estava quentinho porque aquelas mulheres estavam lá.

— Eu ouvi isso, Park. — Sana surgiu, também vestindo o agasalho verde, segurando o gatinho de Jihyo nos braços. — Estava com saudades. E esse bebê também estava louco para você chegar logo, pequena.

— Yah — Tzuyu reclamou assim que abrigou Astaroth nos braços. O gatinho siamês começou a ronronar instantaneamente como se reconhecesse Tzuyu como parte da família. — Vocês duas são as pequenas aqui, sabiam? Sou bem maior que você, Sana, e quanto a Jihyo eu nem irei mencionar.

— Sana, vou expulsar a Tzu agora mesmo.

— Não faça isso, eu nem entendi metade do que ela falou. — disse em uma gargalhadinha fofa. Seu problema com a língua coreana ao menos a salvou agora. — E vamos lá, está frio, podemos nos juntinha esquentar.

Esquentar juntinhas. — outra vez Jihyo passou o braço pela cintura de Tzuyu, e dessa vez aproximou-se de Sana também. As três, e o erro fofo de Sana.

Tzuyu suspirou a fragrância das duas mulheres. Quando estava só com Sana, era um perfume doce como uma fruta suculenta. Já quando era apenas Jihyo, o cheiro era amadeirado, forte, marcava uma presença. Quando eram as duas juntas, Tzuyu poderia ficar horas retratando o quão perfeito soava.

Depois de Tzuyu ir até o banheiro para colocar o suéter, Jihyo e Sana aproveitaram o tempinho para organizar melhor a sala de estar, onde ficariam para a ceia de Natal que era servida à meia-noite, conforme tradição da parte latina da família de Park.

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