Hirai Momo é uma mulher que atualmente está passando pela terapia de Regressão de Idade. Enquanto enfrenta o seu trauma vivenciando outra vez sua infância, Hirai conhece Kim Dahyun, a cuidadora que irá entrar em seu mundinho e talvez causar um novo...
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#LUNESDAHMO
Se Dahyun dissesse que não estava nervosa, seria a maior mentira que contaria para si mesma.
Ela foi com Momo em um carro de aplicativo até o bairro mais residencial da cidade de Kyoto. Segundo Hirai, seus pais, depois de certa idade, decidiram morar em uma casa para pessoas mais velhas porque simplesmente queriam descansar de uma árdua vida de trabalho intenso. Portanto, o lugar oferecia um espaço especial para visitas, era para lá que iriam junto com as outras participantes daquela viagem em família.
O horário marcado foi ás oito horas da noite, porém Momo deu um belo perdido nas irmãs e pediu certo segredinho com Dahyun. Era quase seis horas quando o carro estacionou em frente ao seu destino. Sem que percebessem, as mulheres suspiraram juntas saindo do veículo.
Na tentativa de agradar os pais de Momo, Dahyun decidiu colocar uma roupa mais comportada. Aquilo era meio ridículo, mas ela queria que os dois olhassem para ela e ficassem orgulhosos porque a filha deles está seguindo em frente com uma boa pessoa, e essa era a sua imagem hoje. Um vestido em um tom mais claro, com um casaquinho fino por cima. Saltos nos pés, de forma que conseguia ficar na mesma altura que sua Hirai, e usou os cabelos soltos para esconder um pouco da parte raspada que ela tinha.
Se ela fosse mãe e seu bebê viesse em casa trazendo alguém como ela, Dahyun pensou que aquela era a pessoa que gostaria de ver.
Já Momo estava mais concentrada no que viria pela frente, mais quieta do que o normal, quase como se estivesse em seu mundinho. Era um fato que ela não queria ter aquela conversa na frente de Dahyun, é claro, mas se queria mesmo compartilhar a sua vida com aquela mulher, teria que lhe mostrar os lados feios também.
— Está ansiosa, vida? — Dahyun perguntou, ao pegar na mão de sua mulher assim que o carro deu a volta e saiu, talvez para outra corrida. Momo riu assentindo, a franjinha balançou na testa dela.
Dahyun se colocou na frente de seu amor, juntou seus corpos em um abraço fazendo com que seu conforto fosse o suficiente para dar a Momo a coragem que ela precisava para falar. Hirai se sentia grata por estar com Kim ao seu lado nesta noite.
— Meu coração está batendo forte e... sentimentos estão pesando. Sabe, como se a balança da minha vida tivesse desregulada. É normal querer fugir de mim mesma?
Dahyun deu uma risadinha subindo as mãos para apoiar ao redor do pescoço de Momo.
— É perfeitamente normal, Moguri, estar de frente ao desconhecido é algo muito grande. Mas precisa se lembrar que você é forte, e são os seus pais ali.
— Faz tempo desde que os vi pessoalmente. Pior ainda é que terei que colocar as cartas na mesa. — ela suspirou pesadamente, a balança pareceu se remexer dentro dela. — Dahyun-ah, se você não quiser estar aqui nessa parte está tudo bem.
