21 - O Tio Agiota de Chaeyoung

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O cheiro que havia naquele lugar era madeira misturado com álcool

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O cheiro que havia naquele lugar era madeira misturado com álcool. Algumas pessoas estavam sentadas de frente ao balcão do bar assistindo um jogo de futebol aos gritos enquanto derrubavam as espumas de suas cervejas ao reclamar com o juiz como se ele estivesse ali ao lado deles. Dahyun riu daquilo porque Junmyeon era um homem igualzinho aqueles caras idiotas. Adorava um futebol, e se não tivessem algo a resolver, iria se juntar a eles para reclamar com a tevê o absurdo que havia sido aquele pênalti. Era fofo, ainda mais porque aquele homem em questão era um coelhinho assustado na maior parte do tempo. Agora era um coelhinho bravo com o futebol.

Dahyun e Junmyeon seguiram em silêncio até a mesa que eles geralmente ficavam quando frequentavam aquele bar, que era localizado bem perto da faculdade em que fizeram suas graduações quando eram mais novos. Os dois, em sua época rebelde e destroçada pelas torturas da faculdade, adoravam de ir até lá para estudar, afinal, o som das pessoas berrando com suas comemorações futebolísticas os ajudava a não dormir no meio de suas respectivas matérias.

— Lembra da primeira vez que trouxemos Tzuyu aqui? — Junmyeon falou em pura nostalgia olhando ao redor. Um riso subiu em seu rosto, haviam tantas memórias. Já fazia algum tempo que não iam até lá, e estar ali era como estar em casa.

Dahyun obviamente acompanhou Junmyeon em sua viagem nostálgica ao passado. Se lembrava de ter um piercing falso no nariz e pintar o cabelo em umas mechas de rosa choque e laranja bem vivo. Ainda era uma surpresa como seus tios haviam deixado aquela Dahyun cuidar da pequena Chou Tzuyu.

Não que Chou hoje em dia tivesse algum pingo a mais de juízo do que a Dahyun daquela época.

— Foi no aniversário dela de vinte e um. Finalmente Tutu se tornou adulta o suficiente para saber o que é que a gente fazia nas noites de sexta. — Kim deu uma gargalhadinha ao lembrar da reação da prima quando descobriu aquele famoso bar.

— Deixamos ela beber o que quisesse. Ainda não sei como ela não foi parar em um hospital em coma alcoólico ou sei lá, sem as tripas.

— Minha família é forte para bebidas, Junmy. — Junmyeon diria que sim, mas conhecendo bem Dahyun, sabia que com uma garrafa de Soju ela já ficava bem soltinha por aí. — De qualquer forma, eu quero que você me conte o que está acontecendo. Junmyeon, eu sou sua melhor amiga. Mesmo que a gente não tenha uma tatuagem para fortalecer o nosso laço de anos de amizade...

— Você nunca vai superar a tatuagem né? — ele revirou os olhos levando a mão até a marquinha em seu braço.

— Eu ainda sou a sua Dahyun — Kim o ignorou para continuar a dizer. Depois da última vez, não queria repetir algo que fizesse seu precioso amigo se sentir mal. —, e sei lá, se você tiver devendo a Chaeyoung de alguma forma... O tio dela, eu tenho certeza que é agiota. Você está devendo o tio agiota da Chaeyoung, Junmy?

Dahyun foi interrompida por uma risada um pouco mais alta de Junmyeon. Ele realmente ficaria mais aliviado se fosse uma dívida, afinal, precisaria só fazer uma ligação para o pai e tudo estaria resolvido. Mas o que ele devia à Chaeyoung era bem mais do que qualquer dinheiro poderia pagar.

O Mundinho de Momo • DahMo Where stories live. Discover now