36 - O Tecido de Pontas Soltas

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#LUNESDAHMO

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#LUNESDAHMO

Era quase duas da manhã, o que significa que o bairro caloroso de Momo havia esfriado. As crianças foram para suas casas dormir, as luzes se apagaram e as ruas ficaram vazias. Ali, naquela escuridão friorenta, Dahyun e Momo se sentiam como estrelas. Apenas elas acordadas vigiando a madrugada de outras pessoas.

Assim como a passagem de tempo marca o fim e recomeço do loop diário da vida, a entrada no horário tão tardio fez com que os doces feitos por Momo já tivessem acabado. Boo e Dobby desistiram de intimidar Dahyun, consideraram que tinham feito um bom trabalho e foram para suas caminhas tirar um sono.

Dahyun se sentia bem em entrar em tantos assuntos aleatórios bapós o outro com Momo. Era engraçado ver como o cabelo dela havia mudado em um corte tão diferenciado. Também estava se habituando a ouvir seu lado adulto dizendo Dahyun pra cá e pra lá. Além disso, amarrar as pontas soltas era necessário.

Era algo que ela nunca soube que precisava. Uma ponta solta que sempre incomodou, e que agora sentia que estava lentamente iniciando uma costura para a amarrar. Era como um bordado cheio de traços, Dahyun era uma artesã ganhando enfim o alívio de saciar a agonia da arte.

— Nunca vi Pintinhas chorar tanto como naquele dia. — Momo comentava, a luz do abajur no centro da mesinha era refletida em seu olhar. Também era o único ponto de iluminação da varanda. — Jeongyeon planejava passar o dia deitada, sabe como é, os terríveis nove meses. Eu ainda morava com elas, e então de repente, enquanto eu fazia pipoca para nós, Jeongyeon apareceu meio pálida. A aguinha desceu, e aí tudo foi pro beleléu.

Dahyun deu uma gargalhadinha imaginando a cena.

— E aí?

— E aí que estávamos apenas eu e ela em casa. Fiz ela sentar no sofá e esperar, primeiro liguei para a ambulância e depois, quando chegou, liguei para Mina. Ela gritou feito louca comigo, mas depois entendeu o porquê de irmos logo para o hospital. As contrações eram terríveis, por deus, é a pior coisa do mundo. Quando eu tive o meu filho eu vi a minha avó pela greta, eu te juro! Faltava pouco para fechar o paletó de madeira.

— Obrigada por extinguir de uma vez por todas a minha vontade de ter filhos. — Dahyun implicou, percebendo como Momo fez um biquinho e jogou as pernas pra cima da cadeira.

— Não seja boba, Dah. Você seria uma boa mãe.

— Corta essa ladainha, e continua a história.

Momo revirou os olhos, então deu continuidade àquele dia tão exótico de sua vida.

— Bom, Pintinhas não parava de chorar, porque ela é uma boba. Jeongyeon ficou irritada com o chororô e xingou ela de tudo quanto é nome. Por fim chegou a hora, então eu dormi na sala de espera.

— Não quis ir pra casa?

— Pensei que Mina iria desmaiar, então preferi ficar de prontidão para substituir ela caso acontecesse. Mas no final deu tudo certo. Haneul me adora, certeza de que quando ela crescer mais um pouquinho, vou ser a tia favorita. Já o Yeonjun gosta mais da Sana, só que escondido, ele também está tentando pronunciar meu nome. Vilãozinho safado. Esse vai ser pegador.

O Mundinho de Momo • DahMo Donde viven las historias. Descúbrelo ahora