5 | mentiras, dinheiro e sexo

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Rapazes adoravam elogios

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Rapazes adoravam elogios.

E foi sabendo disso que eu tentei falar com o tal do Idris, pensando que, assim, ele passaria a notar a minha presença nas aulas que teríamos em comum. Eu era atraente e tinha acabado de elogiá-lo por uma coisa mesquinha. Eu mostrei estar interessada nele, e o que recebi foi mais um olhar de desprezo e palavras desagradáveis.

Por um momento, pensei que ele provavelmente gostasse de miúdas tímidas, porém, no meu ponto de vista, ninguém resistia a pessoas com atitude, porque elas geralmente são intrigantes e despertam a curiosidade de saber até onde as coisas vão. Além disso, ele não anularia todas as minhas outras qualidades pelo facto de eu não ser tímida. Existiam muitas outras formas de chamar a sua atenção, e eu descobriria quais.

Não que eu fosse uma expert em sedução ou algo do gênero, mas Adonis não era o único rapaz já tinha usado a prol dos meus interesses. E eram eles quem geralmente davam o primeiro passo, porque atenção eu já chamava. No caso do Don, não havia muita coisa a se apreciar – tinha uma vida simples, e a sua presença era entediante, porém, ele me oferecia coisas das quais eu gostava – na maior parte das vezes – e mais atenção do que alguma vez poderia pedir. O moreno de cabelos cacheados e carro luxuoso não era, por hora, o rapaz mais interessante que eu já tinha visto. Nem de longe. Tive a oportunidade de conhecer rapazes que ostentavam mais, alguns até mais crescidos, e sempre conseguia o que queria. O que homens não faziam por um rosto e corpo bonitos?

Eu não me sujeitava a coisas nojentas ou situações extremas; o ponto era que eu conseguia quem e o que queria, em algum momento. E eu teria o Idris. Acharia interessante saber quais seriam os meus próprios limites para tê-lo. Homens inflavam o meu ego, eu jamais negaria esse facto.

E ele seria só mais um deles na lista.

— Então o tal "Igor" do qual falei ontem chama-se Idris, certo? — Kira esquadrinhou assim que terminei de contar sobre o ocorrido. Sorvi um gole generoso da água fresca na garrafa e assenti. Georgina observava o espaço em silêncio, e ainda não nos tinha dito o motivo pelo qual não tinha comparecido às aulas no dia anterior. Nem eu e nem a Kira perguntaríamos, porque sabíamos que ela não diria nada demais. Além disso, ela parecia estar bem, somente com a cabeça nas nuvens.

— Sim. E ele não deu a mínima para mim. — estalei a língua no céu da boca e Kira torceu o rosto numa careta.

— Talvez tu simplesmente não faças o tipo dele. — deu de ombros.

— Não fazer o tipo dele? — ergui as sobrancelhas, incrédula — Eu faço o tipo de todo o mundo!

Kira negou com a cabeça ao passo que revirava os olhos e separava os lábios pintados a cor-de-vinho num sorriso debochado. — Se tu o dizes...

— Eu vou conseguir conquistá-lo... Só preciso saber do que ele gosta. — sibilei com lentidão, pensativa — Tu o viste na tal festa, ou evento, e eu sei que és observadora. O que pudeste notar?

IDRISOnde histórias criam vida. Descubra agora