64 | lar de verdade

232 30 132
                                    

Era possível ouvir, ao longe, o barulho das ondas quebrando-se umas sobre as outras

Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.

Era possível ouvir, ao longe, o barulho das ondas quebrando-se umas sobre as outras. O sol iluminava o quarto de forma tímida, oculto pelas cortinas que escondiam a vista das portas corrediças, as quais levavam à varanda decorada por uma espreguiçadeira, algumas cadeiras confortáveis e uma pequena mesa de centro, onde havia sido abandonada, na noite anterior, uma garrafa com água, e a minha reserva de baseados.

Com os dedos, apertei a carne macia das coxas que envolviam as laterais do meu rosto, mergulhando a língua no canal estreito, húmido e quente, ouvindo a Ayla suspirar com leveza. O tecido do vestido de dormir estava todo acumulado sobre parte da barriga lisa, na qual passei a mão para alcançar um dos seios destapados, que estivera na minha boca minutos antes. Ela se contorceu assim que belisquei o mamilo com os dedos, de forma cuidadosa, fechando-os à volta do monte delicado.

Os lábios moviam-se lentamente, do mesmo jeito que acontecia quando eu beijava a sua boca. Não demorei a depositar boa parte do empenho no clitóris inchado, provocando a entrada com dois dos meus dedos após recolher a mão. Ela tentou fechar as pernas e eu impedi, colocando uma delas sobre os ombros e mergulhando ainda mais o rosto entre ambas, sugando. A Ayla gritou, puxando os meus cabelos com mais força, as unhas raspando a minha nuca.

A barba por fazer arranhou a pele negra e ela gemeu, esfregando o centro encharcado no meu rosto, alcançando o nariz. Eu voltei a grunhir, o pênis pulsando sob os calções de dormir, antes de enfiar os dedos no seu interior, ouvindo-a arfar e gemer de forma prolongada e contida, trêmula. Suguei o clitóris com um pouco mais de intensidade, ouvindo-a balbuciar e choramingar pouco antes que o aperto nos cabelos se tornasse fraco, quase inexistente, à medida que a minha língua serpenteava pelos lábios sensíveis, e os dedos a estimulavam por dentro.

— Amor... — Ayla soprou, espasmando quando mordi uma das suas coxas, sugando e lambendo de seguida, antes de voltar a boca à sua intimidade — Ah, Deus...

Do mesmo jeito que aconteceu na lancha, eu me limitei a soltar um riso curto e nasalado, intensificando o ritmo das investidas. Senti-a contrair, apertando um pouco mais os meus dedos, pulsando à volta deles e os encharcando ainda mais. A humidade abundante deslizou lábios abaixo, molhando a minha mão e parte do lençol sob nós. As pernas bambas estremeciam, e a que estava sobre o meu ombro apertou as minhas costas enquanto ela tremia e pendia a cabeça para trás, gemendo e amassando ainda mais o travesseiro. Deslizando os dedos para fora, dei um beijo casto no meio das suas pernas e subi, tomando a sua boca com a minha. As línguas encontraram-se de imediado, esfregando-se de forma lasciva enquanto ela sentia o próprio sabor, gemendo por entre os meus lábios. Com uma das mãos, voltou a puxar os meus cabelos, enterrando as unhas da outra nas minhas costas.

— Bom dia. — sussurrei quando o ar estava prestes a faltar-nos, logo que interrompi o beijo. Ela riu adoravelmente quando escovei o nariz no seu, encolhendo-se e depois espreguiçando ao esticar os braços e o resto do corpo sob mim.

IDRISWhere stories live. Discover now